quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Calmaria

Estou um pouco afastada daqui, é verdade. Mas eu estabeleci como meta não abandonar o blog, por isso resolvi dar uma passadinha... A vida anda um tanto conturbada e eu um tanto quieta, mas é uma fase e vai passar. Comecei a por em prática a ideia de vender as delícias que eu faço na cozinha, porque já que Deus me presenteou com esse dom, nada mais justo que tirar um pouco de lucro disso. Comecei com o blog: Delicias da Dedeia, espero que "bombe"!
No mais, está tudo quieto, ando muito reflexiva e muito introspectiva. Está faltando apenas 6 dias para meu aniversário e é comum que nos dias que antecedem a data eu fique analisando tudo, fazendo uma retrospectiva da minha vida, pesando e pensando muito...
Hoje é o dia que se comemora o Dia das Crianças e meu filho está todo feliz porque ganhou vários presentes, para mim o maior presente é tê-lo em minha vida!

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Recordar é viver: SEMPRE.

Este título sempre retorna em minhas postagens, impressionante. Não que eu seja uma pessoa extremamente saudosista (até tenho saudades de muitas coisas que vivi sim, mas todas foram muito bem vividas e ficaram lá no passado, bem guardadas), mas é que muitas vezes me pego lembrando de coisas que aconteceram, de como eu era diferente, e fico a rir sozinha (ou acompanhada, depende). 
Nesses dias encontrei blogs antigos (nem todos, infelizmente alguns sumiram do mapa, já que o weblogger não existe mais), fotologs e é muito engraçado me deparar com um ser estranho, esquisito... De repente eu me pergunto: de onde surgiu essa criatura cabeluda, com sobrancelhas finas, sem estilo nenhum, que se vestia igual uma senhora de 40 anos ou mais? Meu Deus! O tempo fez muito bem pra mim, fala sério.
Não sei se tem a ver com o fato de que nessa época eu e Francisco fazíamos parte de um grupo de casais da Igreja e isso me fez (durante um tempo) querer ser parecida com aquelas mulheres, tão dedicadas à Igreja e a seus maridos. Eu fiquei completamente desprovida de vaidade e completamente vazia de mim mesma, eu acreditava que estava cheia de Deus. Apenas pelo fato de estar frequentando a Igreja, fazendo parte de um grupo de casais... Hoje eu vejo que nessa época, eu vivia alienada de mim. Eu vivia e não sabia mais quem eu era, eu me tornei mais uma na multidão. Eu não fazia diferença. 
Hoje eu percebo que não preciso me afastar de mim para estar próxima de Deus. Eu não preciso negar quem eu sou (e eu bem sei que eu nunca fui "adequada à sociedade") para estar em sintonia com Deus. Eu aprendi com o tempo e com a maturidade emocional que não preciso frequentar a Igreja para ser una com Deus. E hoje consegui me salvar (porque realmente nessa época eu estava perdida de mim e da vida... Não consigo nem lembrar quem eu era. Vejo as fotos e observo uma estranha.) resgatar minha felicidade, minha harmonia. 
Viver sabendo quem se é, é muito bom. Não ter que se esconder embaixo de uma fantasia para agradar a quem quer que seja. Não ter que negar a si mesma, só por não ser igual a maioria. Me sinto bem melhor, mais feliz, mais livre!
E recordando mais uma vez, lembro bem da frase que meu saudoso amigo Eduardo Mattedi um dia deixou escrita para mim: "Seja sempre diferente da multidão. A multidão não sabe o que diz e nem pra onde vai."

Fênix!

Assim como eu, este blog é como a fênix. Quando menos se espera, ele renasce das cinzas e sempre mais belo e mais forte.
Eu tenho muitas coisas para escrever, tenho inúmeros "causos" para contar e acabo sempre com preguiça... Mas isso vai mudar, eu preciso compartilhar com vocês as minhas experiências, as loucuras que só acontecem comigo, e mesmo que ninguém leia, um dia lá na frente eu vou reler e achar graça de mim mesma. Achar graça da minha vida, da minha capacidade de rir das coisas que acontecem comigo e de aproveitar a vida intensamente. Sorver cada segundo dos meus dias como se fosse o último.
É isso aí, amigos e amigas, é apenas um post de recomeço. Volto logo com mais histórias sobre mim e o que me cerca.
Uma linda segunda-feira!

quinta-feira, 28 de julho de 2011

"Não sou boa com números. Com frases-feitas. E com morais de história. Gosto do que me tira o fôlego. Venero o improvável. Almejo o quase impossível. Meu coração é livre, mesmo amando tanto. Tenho um ritmo que me complica. Uma vontade que não passa. Uma palavra que nunca dorme. Quer um bom desafio? Experimente gostar de mim. Não sou fácil. Não coleciono inimigos. Quase nunca estou pra ninguém. Mudo de humor conforme a lua. Me irrito fácil. Me desinteresso à toa. Tenho o desassossego dentro da bolsa. E um par de asas que nunca deixo. Às vezes, quando é tarde da noite, eu viajo. E - sem saber - busco respostas que não encontro aqui. Ontem, eu perdi um sonho. E acordei chorando, logo eu que adoro sorrir... Mas não tem nada, não. Bonito mesmo é essa coisa da vida: um dia, quando menos se espera, a gente se supera. E chega mais perto de ser quem - na verdade - a gente é. " {Fernanda Mello}


segunda-feira, 6 de junho de 2011

Meio baiana, meio potiguar...

Em 1989, no auge dos meus 14 anos vim morar em Natal com meus pais e meu irmão. Não foi uma ideia que aceitei de imediato, resisti bastante, mas nada pude fazer, já que meu pai havia decidido e nós não tínhamos muita escolha, senão acompanhá-lo. Se isso fosse nos dias de hoje, talvez fosse mais fácil pra mim (seria bem mais fácil com certeza). Já que hoje a distância é amenizada pela internet, com tanta variedade de redes sociais, como twitter, facebook, orkut, blog, etc... Eu não teria perdido contato com tantos amigos que eu amava e não teria perdido contato também com a vida social e cultural de Salvador. Aqui não tinha praticamente NADA. Não tinha shopping (tinha uma galeria que ainda hoje é chamada de Shopping Cidade Jardim), tinham apenas 2 cinemas que passavam filmes depois de já terem sido exibidos nas grandes cidades. Teatro então... Nada de peças interessantes para vermos. Hoje temos dois bons shoppings, salas multiplex, cinema 3D, 2 bons teatros com muitos shows e espetáculos sendo exibidos com frequência. Eu fiz tudo que podia: chantagem emocional, até greve de fome. Tudo em vão. Não voltamos para  a Bahia. Já fazem 22 anos. Então posso dizer que a metade baiana já está menor que a metade potiguar... Já sou quase mais potiguar que baiana, posso dizer assim... 
Aprendi a amar essa terra, a admirar o seu povo e a gostar realmente de morar aqui.
Toquei nesse assunto hoje, porque meu filho chegou em casa na sexta-feira com a música Linda Baby - Pedrinho Mendes para interpretar a letra. Essa música é um hino de amor a Natal feita por um dos maiores compositores daqui. Eu sempre achei que Pedrinho deveria ser conhecido nacionalmente, é talentosíssimo! Eu fui mostrar ontem a música no youtube pra meu filho escutar. Fiquei emocionada, chorei mesmo! Eu sou essa manteiga derretida... Eu chorava ouvindo Tarde em Itapoã, mas confesso que me emocionei mais ontem mostrando Linda Baby a Tiago... Não tenho como não amar essa cidade, minha vida é aqui e meu filho, meu maior tesouro, meu presente de Deus, nasceu nessa terra abençoada!
Eis a letra de Linda Baby:


Linda Baby
Pedro Mendes
Essa é uma terra de um deus mar
De um deus mar que vive para o sol
E esse sol está muito perto daqui
Venha e veja tanto quanto pode se curtir

Linda terra para a mãe gentil
Belo cai o sol sobre esse rio
E esse rio também está perto daqui
Venha e veja tanto quanto é o nosso Potengi

Sempre que estiveste por aqui
Não observaste o nosso ser
Nem aproveitaste o lindo olhar ao céu
Venha pois não dá pra dizer tudo no papel

Curte-se aqui ao natural
A natureza espalha o nosso chão
Estou cantando a terra que é o meu viver
E acontece que eu estou cansado de dizer

Que aqui não tem avenida São João
Nem o mesmo padrão que se tem por aí
Coisas que não tem em todo o canto não se deve exigir

Isso é Natal, ninguém se dá muito mal
Como dizem pessoas quase sem se sentir
Linda baby, baby linda, volte sempre aqui.

Eis o vídeo, não deixem de ver e ouvir, a música é realmente linda: http://www.youtube.com/watch?v=ovEafMRQCCw

domingo, 5 de junho de 2011

Só o que está morto não muda.

Depois de experimentar vários visuais, estou de volta ao meu cabelo natural. Ontem eu não aguentei mais a cola do megahair e resolvi tirar logo do meu cabelo. Não recomendo a ninguém, me desculpe quem trabalha com isso, me desculpe quem quer ter o cabelo longo e rápido. O visual é lindo, eu realmente amei, mas não compensa a chatice de você ter que conviver com tufos de cabelos de outra pessoa colados na base do seu cabelo. A cola é dura, fica incômodo, você não pode mais receber cafuné do seu amor (poder pode, mas duvido que ele queira! Risos...), não lava o seu cabelo direito, é como se tivesse uma colônia de besourinhos em sua cabeça. Enfim... Estou livre de novo! Talvez não tão bela quanto antes, talvez não com o visual que me agradava tanto. Mas nada paga minha sensação de liberdade. Gastei um monte de dinheiro, isso é fato. Mas estou tentando não me sentir mal por isso, já que agora descobri que estou legal assim e não gastarei mais. Vou esperar a natureza seguir seu curso, curtir cada fase do visual que for surgindo e é isso. C'est la vie!
Eis a minha mudança em apenas um mês. Incrível que tem gente que não muda o corte e a cor do cabelo em anos e eu consegui essa proeza de ter cinco cabelos diferentes em apenas um mês. Ok, esta sou eu. Mutante, sempre.

quinta-feira, 2 de junho de 2011


"Hoje acordei inteira. Migalhas? Pedaços? Não, obrigada. Não gosto de nada que seja metade. Não gosto de meio termo. Gosto dos extremos. Gosto do frio. Gosto do quente (depende do momento.) Gosto dos dedinhos dos pés congelados ou do calor que me faz suar o cabelo. Não gosto do morno. Não gosto de temperatura-ambiente. Na verdade eu quero tudo. Ou quero nada. Por favor, nada de pouco quando o mundo é meu. Não sei sentir em doses homeopáticas. Sempre fui daquelas que falam "eu te amo" primeiro. Sempre fui daquelas que vão embora sem olhar pra trás. Sempre dei a cara a tapa. Sempre preferi o certo ao duvidoso. Quero que se alguém estiver comigo, que esteja. Mesmo que seja só naquele momento. Mesmo que mude de idéia no dia seguinte."

domingo, 29 de maio de 2011

O tempo passa, o tempo voa...

É interessante como as coisas mudam, as pessoas mudam... à medida que o tempo passa. Já fazia tempo que eu tinha prometido a Tiago que o levaria no Cinema 180° que está instalado no estacionamento de um shopping daqui. Na minha época de criança, o Cinema 180° era o máximo! Tínhamos a real sensação de estar dentro do filme, que era sempre impressionante. Cenas de montanha russa, acidentes, etc... Mas hoje é muito diferente. Estamos acostumados a ver imagens cada vez mais nítidas e mais reais. Em tempos de 3D, televisão Full HD, o que acontece na tela do 180° parece não tão próximo. Aliás parece remeter ao túnel do tempo (entrei numa era saudosista completamente, risos). Muitos adolescentes reclamando do meu lado, porque nada daquilo parecia real. Uma imagem ruim, chuviscada, clara demais... Parece ser o mesmo filme que eu via quando criança, porque as roupas e cabelos dos personagens das cenas parecem muito antigas mesmo!
Ainda bem que Tiago se divertiu mesmo assim, nas cenas de montanha russa e atropelamentos gritamos muito! Não é tão real quanto 3D, claro. Na verdade, nem parece mais tão real quanto era na minha infância. Mas o que importa é que estávamos juntos. Gritamos juntos! E foi muito legal!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Festa estranha com gente esquisita ...

Tem coisas que só acontecem comigo. Ok, acho que não. Deve ter mais gente desligada por aí, mas acho que eu sou a pessoa mais desligada que eu conheço. Eu só ando correndo, tenho mil e uma ideias na cabeça, minha mente e meu corpo não param e nem sempre os acontecimentos acompanham o meu ritmo.

Na quarta-feira passada, eu fui buscar meu filho na escola e tínhamos um aniversário de uma amiguinha dele para irmos, então tínhamos que ser rápidos para chegar a tempo. Sendo que pegamos um engarrafamento gigantesco, devido a uma manifestação em frente ao Midway Mall (que era onde compraríamos o presente da menina, já que a lista estava lá), tivemos que fazer uma volta imensa para nos livrar do trânsito. Desistimos, é óbvio, de comprar o presente da lista, teríamos que comprar algo em outro lugar. Demoramos uma hora e meia para chegar em casa, nisso já estávamos atrasados mais que uma hora para o aniversário. Nos arrumamos correndo e ainda passamos em uma perfumaria para comprar o presente. Francisco estava azul de fome, eu estava exausta e Tiago ansioso para chegar logo no local da festa. Caiu um temporal, como poucas vezes vi aqui em Natal, parecia que ia iniciar o dilúvio, mas diante do quadro todo, era questão de honra chegar na festa. Ok, conseguimos finalmente chegar. Tiago desceu com o presente e já correu para brincar. Eu fiquei com os seguranças me ajudando a tirar Francisco do carro no meio do temporal. Estacionei longe pra caramba, porque em frente ao buffet estava lotado e finalmente cheguei no salão de festas. Procurei pelos rostos conhecidos que sempre estão nas festinhas do colégio de Tiago. Nada. Não encontrava ninguém. Até que na hora de me sentar à mesa, vi que em todas as mesas tinham fotos de um bebê. Bingo! Não era a festa da amiguinha de Tiago. Uma senhora se aproximou de mim e perguntou se eu estava procurando por alguém, foi aí que perguntei pela menina e ela me informou que ali não era a festa dela. Acreditem: eu errei a data da festa. Poderia ter ficado em casa, descansando e saí naquela correria toda pra festa errada. Comprei o presente no lugar errado, saí de casa embaixo de temporal, tudo isso pra nada.

Quando procurei Tiago para irmos embora, perguntei a ele se não estranhou não ter encontrado ninguém conhecido. Ele estava no campinho de futebol, olhou pra mim, riu e falou: "Eu não, o pessoal tava aqui jogando bola, eu comecei a jogar também, até fiz dois gols!!!"
Rimos muito de toda essa situação, acabamos comendo no Mc Donald's, eu me senti a própria personagem da música "Barrados no Baile" de Eduardo Dusek:

"A dupla que era chique
Na entrada
Amarrotada teve que "sartar"
Ainda foi vista pela madrugada
Comendo um hot-dog vulgar..."

Risos... Tudo bem que não estávamos amarrotados e comemos até um sanduíche legal no Mc Donald's... Mas essa situação toda foi cômica, ainda bem que encaramos tudo com bastante senso de humor, afinal tem coisas que realmente só acontecem conosco.
Ah e ontem fomos à festa certa (no mesmo local, já que erramos apenas o dia), foi ótima! Contei o acontecido para a mãe da menina, ela riu muito!!!



terça-feira, 24 de maio de 2011

Direto do túnel do tempo...

Incrível como algumas coisas nos remetem a uma viagem no tempo mesmo... É mágico, surpreendente e esclarecedor. Muito da minha personalidade atual foi construída por momentos vividos, por decepções, frustrações, angústias... Sentimentos reais. Continuando a falar sobre meu reencontro com colegas do ISBA, tenho que falar sobre a minha primeira paixão. Todos passaram por isso, poucos falam sobre isso. Eu não tenho problemas em falar. Se um dia eu fui tímida, essa tímida ficou enterrada lá no passado, porque hoje eu me tornei uma pessoa destemida e impetuosa, que corro atrás dos meus sonhos e acredito piamente na minha capacidade de ser feliz e ir em busca disso, não ficar esperando que caia do céu. E fazendo uma viagem no túnel do tempo, encontrei meu primeiro amor platônico (talvez o único, porque depois dele tratei de realizar os amores que surgiram e os que não consegui realizar, tratei de esquecer). É tão engraçado lembrar disso, justamente em um momento em que estou buscando me conhecer melhor, fazendo auto terapia, lendo um livro de uma psicóloga Junguiana que estuda a mente feminina. Além de atriz frustrada, também sou uma psicóloga frustrada. Mas bem resolvida. Um dia resgato isso, por enquanto sou uma pseudo psicóloga, que busca respostas em escritos e livros.

Sabe que consegui me entender bastante, agora que relembrei desse amor platônico? Dá para entender porque eu me tornei tão determinada, tão voraz, tão guerreira. Muitas pessoas que me conhecem hoje dizem admirar o meu jeito de ser, sempre determinado, sempre lutando pelo que eu acredito. Mal podem imaginar que eu já fui uma menina boba e tímida, que tremia, ficava vermelha e o coração disparava ao ver um garoto que mal sabia que ela existia.

Todos na escola que me conheciam sabiam da minha paixão platônica por ele, era incrível, bastava alguém dizer que ele estava na escola (ele estudava de manhã e de vez em quando ia à tarde, principalmente quando a banda dele ia tocar no intervalo) que meu coração disparava. Risos. Ele nunca me “deu bola”, eu me sentia invisível perto dele. Até que um dia criei coragem e pedi para ele escrever no meu caderno de recordações, o fora foi redondo! (agora já são gargalhadas). Eis o fora:

Mas, na verdade, hoje estou escrevendo isso aqui como forma de agradecimento. Agradeço a ele, Gustavo Adolfo, por não ter me dado bola, por não ter me notado, porque muito do que eu me tornei foi graças a essa frustração na adolescência. Relembrando o filme “Efeito Borboleta”, se eu voltasse no tempo e pudesse ter mudado isso, acho que toda a minha vida teria mudado e não sei se seria pra melhor. Então agradeço por ter feito parte da minha vida, exatamente desse jeito.

E o mais gostoso disso tudo é ver que hoje podemos construir uma amizade (sim, desde que nos “encontramos” no facebook que estamos conversando e tem sido muito bom!), que na verdade nunca tinha existido antes, já que nem isso eu consegui na época. É bom ter essa oportunidade, de nos conhecermos como pessoas, de conversarmos depois de 20 anos. Muito legal! Valeu, Gustavo! Você fez parte da minha história e parte do que eu sou hoje (principalmente no aspecto emocional), devo a sua indiferença e ao que não vivemos juntos. Risos!

Recordar é viver, realmente!

Na noite de domingo, não sei dizer o motivo, eu resolvi procurar minha colega de escola - Kiyomi, que estudou comigo no ISBA, meu colégio favorito (já que mudei mais de colégio do que de roupa, graças ao espírito nômade do meu pai). Encontrei no facebook (que há alguns meses eu dizia não gostar...). Ela me adicionou rapidamente e começamos a conversar pelo chat do face. Nossa, como foi bom! Relembramos muitas coisas, conversamos sobre as nossas vidas atuais, foi uma noite de domingo maravilhosa! Ela me adicionou ao grupo do colégio e viajei no tempo, revendo as fotos de muitos colegas, reencontrando virtualmente pessoas realmente importantes pra mim. Vendo as fotos dos meus amigos nos anos que se seguiram a minha partida de Salvador, fiquei imaginando como teria sido minha vida se eu tivesse continuado lá. Em muitos momentos, vendo as fotos de amigas minhas juntas, senti falta de estar ali no meio delas... Engraçado. Relembrei exatamente de tudo: do dia que vim embora pra Natal. Não poderia ter sido mais dramático e simbólico. Meus pais nos bancos da frente, cheios de esperança por uma vida nova em Natal, cidade calma (que meu pai se encantou, minha mãe sempre foi uma baiana apaixonada, por ela eu sei que não teríamos saído)... Meu irmão e eu atrás. Eu, completamente desconsolada. O choro preso. Mas no som do carro começou a tocar: “Tarde em Itapoã”, com Vinícius de Moraes... Bastou isso! Desabei a chorar... Pensando em tudo que eu estava deixando pra trás, meus amigos, minha cidade que eu amava tanto. Por muito tempo, fiquei triste ainda. Principalmente porque em Natal, a vida cultural nessa época era escassa. Vida social então... nem se fala! Uma cidade realmente calma demais para o meu gosto. Não tinha shopping, não tinha teatro (tinha o teatro, mas não vinham peças para cá, não existiam grupos de teatro para jovens – meu sonho era fazer teatro, alimentei isso graças às peças que fiz no ISBA, nunca esquecerei...), cinema então... só tinham 2 salas e para um filme chegar aqui, demorava muito. Pra completar, morávamos dentro do hotel, no meio da Via Costeira, que é uma via imensa que não tem nada próximo, tudo deserto. Enfim, para mim era o fim do mundo. Fiz até greve de fome, mas nada resolveu. Risos.

Tudo isso veio à tona na noite do domingo passado. Foi ótimo fazer essa viagem no tempo, agora que estou mais madura (será?).

Ontem fui buscar o que eu tinha relativo a essa época da minha vida, encontrei poucas fotos (estranhamente eu não tirava muitas fotos, acho que tinha um probleminha com minha auto estima, graças a Deus superado nos dias de hoje... Afinal agora tiro fotos até demais.) e dois cadernos de recordações (vocês tinham isso na época?). Nossa, foi incrível reler as coisas que meus amigos escreveram sobre mim, eu parecia estar conhecendo outra pessoa. Falavam sobre minha timidez... Como assim? Se tem uma coisa que eu não me lembrava é de já ter sido tímida alguma vez em minha vida. Pasmem: eu era tímida. Essa Andreia estava muito bem guardada nas grutas do meu ser. Eu não lembrava da existência dela. Fantástico isso!

Tenho muito o que escrever sobre esse assunto... Sobre o resgate da minha memória, de sentimentos, está sendo fantástico reencontrar pessoas importantes na minha vida, pessoas que fizeram parte da minha história, que me ajudaram a construir o meu ser. Por hoje é isso, senão esse post vira um livro!

domingo, 22 de maio de 2011

'Sou uma mulher madura
Que às vezes anda de balanço
Sou uma criança insegura
Que às vezes usa salto alto
Sou uma mulher que balança
Sou uma criança que atura'

{Martha Medeiros}

Quantas noites não durmo...

É isso aí. Faz umas noites que não durmo direito e não tem nada de errado comigo. Nunca tive insônia, sempre dormi facilmente, mas de uns dias pra cá não estou conseguindo dormir direito. Meu filho tem 8 anos e sempre dormiu tranquilo, assim como eu. Mas nessa última semana começou a dar trabalho pra dormir. Aliás, dormir ele até dorme. O problema é que acorda inúmeras vezes durante a noite e é super estranho, porque eu sinto a presença dele em pé ao meu lado e quando eu abro os olhos: lá está ele. Parado, estático, em pé. E me pede para colocá-lo pra dormir. Eu, pacientemente, me levanto, vou até ao quarto dele, me deito na cama auxiliar e fico lá (desconfortavelmente) até que ele adormeça novamente. Não demora muito e ele dorme. Volto para o meu quarto. Demora uma hora mais ou menos. Lá está ele em pé ao meu lado de novo. Se não fosse meu filho, eu me assustaria, porque parece aquelas visões de filmes de suspense, que uma alma aparece assim. Acontece que isso vem se repetindo e ontem acabei conversando com ele de madrugada, porque eu achei que ia passar, mas está demorando e eu já estou começando a ficar preocupada.

Começamos a conversar e eu comecei a investigar sutilmente o motivo dessa tensão dele, o motivo dele acordar quando eu saio, qual o medo que o aflige... E ele me contou que viu uma propaganda no canal Discovery de um programa que falava de fantasmas e ele tem medo que entre um fantasma pela porta do quarto dele, por isso ele acorda quando eu saio. Porque ele acha que eu o protejo dos fantasmas. Eu expliquei de forma bem clara e racional que não existem fantasmas. Que se existissem, certamente não precisariam de portas, já que dizem que eles atravessam as paredes. E falei que se ele começasse a ter medo e acreditar, a própria mente dele se encarregaria de criar uns fantasmas para que o medo dele se justificasse. Eu bem sei o quanto as nossas mentes nos pregam peças. Ele se acalmou, concordou que não tinha lógica ter medo de que entrassem pela porta, já que teoricamente eles atravessam as paredes e aí então conseguiu dormir...

Acho que tive uns problemas parecidos com esse na infância, cheguei a fazer yoga para curar a insônia. Mas os meus fantasmas eram reais... Não cabe aqui tocar no assunto, já está superado!
Espero que os fantasmas imaginários do meu filho o deixem em paz, para que ele consiga dormir e eu também...

domingo, 15 de maio de 2011

Falei algo sobre ser mutante no post anterior? Ahhhhh tá... risos...

Pois é. Aqui estou para contar mais uma das minhas peripécias... Eu falei que estava aloirando??? Quantos dias atrás???? Muitos? Acho que não... A questão é que depois do desamarelador, meu cabelo adquiriu um tom loiro claro que definitivamente não combinou com a minha pele. Eu cheguei a conclusão que: posso mudar inúmeras vezes de corte de cabelo, raspar, deixar crescer... Mas eu sou morena! Nasci morena e definitivamente não combino com outra cor de cabelo. Talvez até possa variar os tons de castanho, mas nada que vá para o avermelhado ou loiro. E mesmo com toda a população que "entende de moda" dizendo que o preto envelhece... Sinceramente, amo cabelos pretos. E em mim então, acho que dá o realce que eu gosto. Eu gosto de contraste. E é assim que agora estou: com cabelos com um corte assimétrico que eu AMEI e com o tom preto.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Mutante

Não há nada que me defina melhor do que o termo mutante. Isso é um fato.
Tudo na minha vida muda o tempo todo, menos os sentimentos verdadeiros. Mas em se tratando de aparência física, eu fico me perguntando como existem pessoas que conseguem viver a vida inteira sem mudar o corte do cabelo, a cor, o jeito de se vestir... Porque eu simplesmente não consigo. É incrível.


O bom é que acho que é praticamente impossível alguém enjoar de me ver, já que eu sempre estou diferente da vez passada.


Nesses últimos meses que passei afastada aqui do blog, mudei em muitas coisas. Fiz 3 tatuagens novas. Lindas! E grandes. Uma sakura linda na perna que significa que a vida é passageira e nós temos que viver o presente. Isso tem tudo a ver comigo, já que além dela também tenho tatuado Carpe Diem, que significa praticamente a mesma coisa: Aproveite o dia. Nós não sabemos o dia de amanhã e o que eu acho mais mágico da vida é exatamente isso: viver cada momento como se fosse o último, porque na verdade nós não sabemos nada a respeito do próximo instante de nossas vidas.
Tatuei também uma fada linda, que está sentada em um cogumelo e tem o meu rosto. Ela representa a minha pessoa, que está sempre ligada a juventude, a admiração pelo belo, pelo mágico, pela fantasia... Mesmo bem velhinha, eu sempre lembrarei de como passei pela vida, apreciando os bons momentos, a beleza da natureza, a minha eterna criança que mora e sempre vai morar aqui dentro de mim.


Além disso, teve a fênix. Ela é fundamental pra mim. Ainda não tinha tatuado por falta de coragem, porque eu sabia que seria um desenho grande e também porque antes eu tinha muito medo da reação dos meus pais. Como agora (apesar deles não quererem ver e eu respeitar isso) eu não me importo tanto com o que eles pensam a respeito disso, resolvi fazer. A fênix sou eu. Que estou sempre renascendo, mesmo nos momentos mais difíceis. Representa também o renascimento do meu casamento, que para mim foi uma bênção de Deus.


Enfim... Antes eu tinha 9 tatuagens pequenas. E hoje sou dona de 8 tatuagens (algumas se uniram formando apenas uma), sendo 3 grandes.
Além das tattoos... Depois de anos morena, sem mexer na cor do cabelo, eis que estou aloirando... Risos.


Eu sempre gostei de mudar de visual, sempre cortei, cacheei, alisei, enfim... Nunca gostei de me ver sempre a mesma no espelho. Na semana passada, eis que acordo com o pedido do meu marido para que eu clareasse o cabelo, com algumas luzes!!! Nem precisa dizer que eu adorei a ideia, não é? Aqui estou com luzes, e já louca para clarear mais!!! Mas agora eu tenho que esperar pelo menos um mês para fazer mais, então estou nesse momento com um creme desamarelador no cabelo, para deixar o loiro mais natural, menos alaranjado! Espero que funcione!
Ei, eu estou escrevendo sem parar... Mudei de assunto de uma hora pra outra, acho que passei muito tempo longe daqui, preciso organizar melhor minhas ideias...
Depois eu volto!

sábado, 26 de março de 2011

Perfeccionismo em mim não é qualidade, é defeito.

Eu tenho um sério problema em ser perfeccionista. É algo que me atrapalha bem mais do que ajuda, não sei se isso é adquirido ou se nasci assim, se tem a ver com o fato de ser libriana e tudo para mim ter que ser equilibrado (o problema maior é que muitas vezes é um equilíbrio que só eu vejo, só eu entendo e ninguém mais), enfim realmente não sei, só sei que sempre fui assim.
Isso me atrapalha demais, tipo... quando vou cortar o cabelo, eu fico horas no espelho analisando se um lado tá igual ao outro, se está tudo simétrico, por isso sempre me estresso. Afinal a moda agora são os cortes assimétricos, irregulares e eu quero encontrar simetria mesmo na assimetria dos cortes, imagina a loucura... Ok, eu admito. Posso ser tudo na vida, mas estou longe de ser normal.

Agora com as minhas tatuagens novas, eu quase pirei mesmo. Sempre acho que tem alguma coisa torta, algo fora do lugar, e quase enlouqueço e estresso o tatuador também. Todos me dizem que está tudo perfeito, mas eu cismo que tem um lado que está diferente, que tem um traço que está tortinho, enfim... Meu marido tem me ajudado com uma paciência de Jó, admito. Estou começando a desencanar mais disso, por que agora já noto que é algo que não me faz bem MESMO. Eu não posso ficar escrava de mim mesma, isso vai me deixar mal e eu quero afastar tudo o que me faz mal. As tattoos estão lindas, todos amaram e eu também amei, tenho que parar de procurar cabelo em ovo, porque se continuar procurando, certamente vou encontrar. E no meu caso, não encontro um fio de cabelo, encontro um verdadeiro mega hair! o.O

É algo que estou trabalhando intimamente, essa mudança de comportamento, já que não constrói nada, é um perfeccionismo exagerado e irritante, eu acabo vendo coisas que nem existem, criando monstros fictícios que eu não consigo enfrentar. Talvez tenha a ver com as situações criadas em torno disso, a rejeição que meus pais tem em relação a tatuagens, mudanças etc. Parte de mim é completamente liberta, outra parte que está enraizada aqui ainda precisa soltar as raízes...
Enfim... pelo menos é o início. Eu sei que é um problema, cabe a mim agora resolvê-lo.

quarta-feira, 23 de março de 2011

To em casa.


Eu nunca imaginei na vida que uma mensagem com estas palavras causariam tanta confusão. Uma verdadeira crise conjugal. Mas calma. Graças a Deus não foi com o meu casamento, mas sim com o casamento alheio. De alguém que nem conheço, aliás nem sei o nome.
Vou explicar o que aconteceu. Hoje estava bem tranqüila, na casa dos meus pais, quando de repente o celular toca e para. Eu fui ver quem era, um número desconhecido. Liguei de volta, a mulher já meio histérica pergunta:

- Quem é?
- Você quer falar com quem? – falo tranqüilamente.
- Você mandou uma mensagem para meu marido, dizendo: “to em casa”, como assim? Você sabia que ele é casado? Ta em casa pra que?
- Acho que é um engano – e desligo.

A mulher insistiu e ligou milhões de vezes. Resolvi checar as mensagens enviadas no celular e eis que lá está: “to em casa”. E aí? Tentei puxar minha memória para lembrar para quem eu enviei essa mensagem e porquê. Lembrei!!! Comprei uma cômoda e um armário na semana passada e o entregador foi na segunda-feira fazer a entrega e a montagem dos móveis. Quando ele chegou no meu apto eu ainda não estava, ele telefonou e eu disse que já estava no caminho. Quando eu cheguei no apto, ele não estava mais, então mandei uma mensagem dizendo: “to em casa”. Simplesmente porque não tinha crédito e nem bônus para ligar avisando e tinha bônus sobrando de torpedos. Nunca na vida imaginei que isso causaria todo esse alvoroço. Claro. Para mim foi tudo muito natural e não existiu nenhuma intenção, além de informar ao rapaz que eu já tinha chegado e ele podia vir fazer a entrega. Mas tentei me colocar no lugar da esposa dele e percebi que eles podiam estar no meio de uma briga muito feia. Fiquei preocupada e não sabia o que fazer, já que ela não estava disposta a ouvir nada e falava de forma muito agressiva, com um palavreado bem chulo. Pensei em enviar uma mensagem explicando, mas estava já sem bônus para mensagens também (ok, estou lisa mesmo, risos...). Eis que meu marido lindo resolve atender o telefone e me salva de toda essa confusão, porque ela não estava disposta a desistir e iria passar a noite inteira ligando, esperando uma satisfação. Ele, com toda sua paciência, escutou o marido desesperado e falou o que houve. O rapaz lembrou do acontecimento e pediu milhões de desculpas pelo desvario da esposa.

Incrível como a gente pode se meter em situações que nem imaginamos... Ainda bem que tudo ficou bem, eu odiaria ser responsável pela briga de um casal, embora eu ache que para ela ter reagido assim, isso não deve ser tão raro.

Ufa! Posso dormir tranqüila, não fui pivô de uma briga conjugal. Fico imaginando quantas coisas foram ditas até que tudo fosse esclarecido, a agonia que esse rapaz viveu durante uma hora, até que meu marido resolvesse tudo com um bom diálogo! Penso que talvez fosse melhor esse rapaz mudar de profissão ou eu sou a única pessoa na face da terra que envia um torpedo para um entregador de móveis avisando que estou em casa e ele pode vir entregar? o.O

Agora que já está tudo bem, posso rir... E eu ri muito! Vou ter mais cuidado com o próximo entregador de móveis. Vai que a mulher é violenta... e nem dá tempo de explicar, né?

domingo, 20 de fevereiro de 2011

...só estou tentando deixar as coisas um pouco mais bonitas...

Nesta semana decidi que iria resolver definitivamente minha insatisfação com uma tatuagem que fiz no pé há alguns anos. No ano de 2007, resolvi tatuar no pé a seguinte frase: Amor vincit omnia, cujo significado é "O amor vence tudo". Tudo a ver com a minha filosofia de vida, com o que realmente acredito. Afinal depois de tantas coisas que passei ao lado de Francisco desde que nos conhecemos, a cada dia que passa eu me convenço mais e mais de que o amor realmente vence tudo!

O fato é que a tatuagem ficou mal feita. Eu não conhecia bem o mundo da tatuagem e resolvi ir no mais antigo tatuador da cidade, que definitivamente não é nem de longe um dos bons daqui. Ele além de não ter marcado direito o local no pé, não me avisou que a letra não poderia ser a que eu escolhi, porque ficaria ilegível. Isso era dever dele, já que ele tem experiência para isso. Mas não fez. Resultado: ficou feia. Ilegível e torta. OK, bom pra eu aprender que o que é definitivo tem que ser muito bem escolhido, não basta ser razoável, tem que ser o melhor. Fui em Laura, minha tatuadora amada, que infelizmente não mora mais na mesma cidade que eu. Ela fez um retoque para amenizar o erro e eu fiquei mais satisfeita. Mas nunca fiquei realmente feliz com essa tatuagem.

Na segunda-feira fui a um estúdio muito bom daqui, saber o que poderia ser feito nela e o tatuador me sugeriu o laser para clarear a tattoo e só depois pensar no que fazer em cima. Aceitei a sugestão na hora e marquei para o dermatologista que faz remoção de tatuagem com laser aqui. A questão é que depois de muito pesquisar, percebi que fica uma marca horrível na pele e ainda tem que esperar muito tempo para fazer uma tattoo em cima, já que fica super sensível, então desisti.

Foi então que resolvi ligar para minha amiga Dani, que é super tatuada e conhece os melhores tatuadores da cidade! Ela me indicou um especialista em cover up. Fui ao estúdio dele e adorei! Ele me disse que o melhor seria cobrir a tattoo antiga com uma que realmente cobrisse tudo e por isso, não poderia ser uma tatuagem pequena. A sugestão dele foi cobrir a frase e subir o desenho pra perna! Susto! Nunca pensei em ter uma tatuagem grande. Mentira! Pensar eu pensei, mas achei que nunca teria coragem! E não é que gostei da ideia? Pensamos, vimos um monte de desenhos e resolvi que ia tatuar uma Sakura. Sakura é a flor de cerejeira e tem um significado lindo, perfeito, tudo a ver com o que eu penso e vivo: "A flor de cerejeira como desenho de tatuagem é uma lembrança poderosa de que a vida é passageira e nós temos que viver o presente e temos que apreciar todo momento nos despertando, pois isto pode ser nossos últimos momentos." Resolvido.

Ele tinha horário para a quarta-feira e assim que peguei Francisco fomos para o estúdio. Começamos a tatuagem. Ele foi desenhando na minha pele, uma Sakura exclusiva pra mim, na técnica chamada "freehand" (à mão livre). Passei a tarde lá, sentindo aquelas agulhadinhas tão dolorosas, mas ao mesmo tempo tão viciantes e deliciosas... O resultado foi fantástico: está ficando lindo!!! Ainda falta concluir, será no próximo sábado e eu não vejo a hora que chegue, estou ansiosa para ver a tattoo pronta e para sentir novamente as tão deliciosas agulhadas...

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A magia do Circo!

Quem me conhece há algum tempo sabe da minha paixão pela arte circense. Sim, eu já tive vontade inclusive de fugir com o circo quando era bem pequena! Mas falo de arte circense mesmo e não de circo com animais. Os animais nunca chamaram minha atenção no circo e hoje eu entendo bem porque eles foram proibidos, não tem nada a ver. Eu gosto mesmo é de mágicos (principalmente eles, aliás!!!), malabaristas, contorcionistas, trapezistas, etc...
Falando nisso, fomos a um espetáculo do Circo Portugal, que faz propaganda dizendo estar pela primeira vez na cidade e tal. Realmente é a primeira vez que vejo este circo por aqui, mas de português ele não tem nada. Os atores são brasileiros, não tem nenhum sotaque português (e a gente sabe o quanto dá para perceber quando alguém é português, a diferença de sotaque é gritante). Na verdade, achei que o espetáculo não foi assim tão inovador, já que estou acostumada a ver circos desde pequena e achei que eles se prolongam muito nas cenas mais chatas e as mais legais são ultra rápidas.
A mágica que mais me impressionou foi a que a mulher serra a cabeça e o corpo dela fica num lado do palco e a cabeça no outro. O corpo e a cabeça se mexem, a cabeça em cima de uma mesa e nada (nem um paninho) embaixo da cabeça. Tá, ficamos impressionados realmente. Eu, meu marido e meu filho. Essa magia me encanta, me fascina, mas não tenho mais vontade de fugir com o circo, não se preocupem. Risos.
Confesso que não fiquei confortável com o globo da morte, sempre assisti essa parte do show sem que isso me afetasse muito, afinal o que pode dar errado? Motoqueiros treinados ali dentro do globo e a certeza de que nada vai acontecer além deles rodarem em círculos, tirando fino deles mesmos dentro de um globo minúsculo. Dessa vez eram seis motos. Seis motos dentro de um globo. Quando eu era pequena, uma moto já assustava. Hoje vemos seis motos e nos perguntamos: quando isso vai parar? Vão colocar quantas motos dentro desse globo para ultrapassar um record?
Isso antes não me incomodava, mas perdemos um sobrinho no ano passado. Em um acidente de moto. E ele não estava arriscando a vida dentro de um globo. Ele estava indo trabalhar, às sete horas da manhã. Buscando um destino melhor, batalhando para ser alguém, estudando e trabalhando. Uma vida que se foi e não tem explicação. Palavras não explicam, dizer que Deus quis assim não melhora nada e eu não acredito que Deus queira isso. Deus não queria que a família passasse pelo que estamos passando. Essa dor, essa ausência que é cada dia mais presente, isso não faz parte dos planos de Deus. Pelo menos não do Deus que eu acredito. Eu não acredito no Deus que castiga. Com tantos rapazes andando de moto todos os dias... Porque André? Confesso que chorei nessa parte do show. Chorei, chorei e chorei. E vou terminar esse post aqui, senão começo a chorar de novo.
É isso.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Orkut x Facebook


Depois de muitas pessoas me falando que o facebook era ótimo, divertido, dinâmico, etc e tal, eu acabei me rendendo e fazendo um perfil no facebook pra mim. Mas sinceramente, não estou nem um pouco empolgada com essa nova onda do facebook (sim, eu preciso me empolgar de verdade para começar a usar algo!). Tento, mas não me convenceu. Outro dia parei para pensar que grande parte das pessoas que eu conheço que simplesmente aderiram definitivamente ao facebook usam smartphone, talvez seja isso... O facebook é bem acessível para os usuários de smartphone. Definitivamente não é o meu caso.
Eu ainda sou uma das poucas mortais que não possuem o tão falado smartphone. E não estou muito empolgada para comprar. Uso meu celular como telefone mesmo. Mal uso tudo que ele me proporciona, só quando vou caminhar que faço dele um mp3.
Será que estou ficando antiquada? Não sei. Mas é isso. Hoje meu post foi apenas para falar que "ainda" não aderi a essa nova onda. Digo ainda, porque como já falei: sou mutante. É provável que de repente eu me empolgue e passe a ser minha nova diversão. Quem sabe? Eu não tenho o menor problema em me contradizer, afinal... Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante...

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

De volta à normalidade... ou à loucura?


Aqui estou eu. Depois de ter surtado com reeducação alimentar, vou tentar fazer desse blog o meu diário, em vez de um diário de contagem de calorias, afinal admito: fica muito chato!
Estou aqui disposta a contar a minha epopeia capilar. Quem já me conhece há muito tempo sabe do meu drama com cabeleireiros. Estou montando uma lista gigante de cabeleireiros "non gratos" nesta bela cidade que eu moro. Sim, aqui é maravilhoso, um paraíso. Mas parece que esqueceram de habitar essa bela cidade com uma quantidade razoável de pessoas que saibam cortar cabelos curtos. Tá, o convencional ainda é possível encontrar, mas cabeleireiros que saibam realmente cortar cabelos curtos... isso não existe. Ou se existe, ainda não encontrei. No dia que encontrar, venho aqui na hora contar para vocês!

No final de dezembro tive a bela ideia de mudar o corte do meu cabelo. Agora me pergunto: por que? Já diz o velho ditado: "Em time que está ganhando não se mexe". Aprendi isso. Definitivamente. Estava tão bom o meu chanel. Eu poderia no máximo ter arriscado uma franja e pra isso eu poderia ter cortado em casa. Sozinha. Mas tive a bela ideia de ir a um salão caríssimo, que o cabeleireiro milagrosamente tinha acertado no último corte. Tá. Doce ilusão. Acertou o corte por acaso, porque estava num dia bom e inspirado. Porque ele simplesmente errou completamente no corte que eu quis fazer. Eu saí do salão insatisfeita. Acabei voltando meia hora depois e pedindo pra ele dar um jeito. Ele deu? Não. Simplesmente piorou. Fui pra casa frustrada e dormi mal. No outro dia pela manhã, fui a um salão que uma amiga tinha indicado. Levei várias fotos para a mulher ter ideia do que eu queria. Ela entendeu? Não. Definitivamente existe um problema. Ou eu não sei me expressar ou os cabeleireiros daqui não são dotados de percepção alguma. Porque mesmo vendo mil fotos, eles simplesmente não entendem. Saí de lá com a auto estima no chão. Estava realmente me sentindo horrível e eu não sabia mais o que fazer. Arriscar mais? Esperar crescer? Odeio ficar esperando o cabelo crescer para ajeitar... Então acabei voltando em um cabeleireiro antigo (dar uma nova chance... por que não?), pedi para ele cortar joãozinho. Tudo bem. Para resumir a minha novela capilar, no último dia do ano terminei raspando na máquina 4. Fiquei mais feliz! Pelo menos estou com estilo.
Agora já sei, quando estiver com o cabelo num corte legal, nada de mudar de visual. Hei de me lembrar enquanto eu viver: em time que está ganhando não se mexe. Até porque aqui em Natal parece que todos os cabeleireiros são como o Dunga foi para a seleção de 2010: só sabem fazer cagada.
Pronto, falei!