domingo, 29 de maio de 2011

O tempo passa, o tempo voa...

É interessante como as coisas mudam, as pessoas mudam... à medida que o tempo passa. Já fazia tempo que eu tinha prometido a Tiago que o levaria no Cinema 180° que está instalado no estacionamento de um shopping daqui. Na minha época de criança, o Cinema 180° era o máximo! Tínhamos a real sensação de estar dentro do filme, que era sempre impressionante. Cenas de montanha russa, acidentes, etc... Mas hoje é muito diferente. Estamos acostumados a ver imagens cada vez mais nítidas e mais reais. Em tempos de 3D, televisão Full HD, o que acontece na tela do 180° parece não tão próximo. Aliás parece remeter ao túnel do tempo (entrei numa era saudosista completamente, risos). Muitos adolescentes reclamando do meu lado, porque nada daquilo parecia real. Uma imagem ruim, chuviscada, clara demais... Parece ser o mesmo filme que eu via quando criança, porque as roupas e cabelos dos personagens das cenas parecem muito antigas mesmo!
Ainda bem que Tiago se divertiu mesmo assim, nas cenas de montanha russa e atropelamentos gritamos muito! Não é tão real quanto 3D, claro. Na verdade, nem parece mais tão real quanto era na minha infância. Mas o que importa é que estávamos juntos. Gritamos juntos! E foi muito legal!

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Festa estranha com gente esquisita ...

Tem coisas que só acontecem comigo. Ok, acho que não. Deve ter mais gente desligada por aí, mas acho que eu sou a pessoa mais desligada que eu conheço. Eu só ando correndo, tenho mil e uma ideias na cabeça, minha mente e meu corpo não param e nem sempre os acontecimentos acompanham o meu ritmo.

Na quarta-feira passada, eu fui buscar meu filho na escola e tínhamos um aniversário de uma amiguinha dele para irmos, então tínhamos que ser rápidos para chegar a tempo. Sendo que pegamos um engarrafamento gigantesco, devido a uma manifestação em frente ao Midway Mall (que era onde compraríamos o presente da menina, já que a lista estava lá), tivemos que fazer uma volta imensa para nos livrar do trânsito. Desistimos, é óbvio, de comprar o presente da lista, teríamos que comprar algo em outro lugar. Demoramos uma hora e meia para chegar em casa, nisso já estávamos atrasados mais que uma hora para o aniversário. Nos arrumamos correndo e ainda passamos em uma perfumaria para comprar o presente. Francisco estava azul de fome, eu estava exausta e Tiago ansioso para chegar logo no local da festa. Caiu um temporal, como poucas vezes vi aqui em Natal, parecia que ia iniciar o dilúvio, mas diante do quadro todo, era questão de honra chegar na festa. Ok, conseguimos finalmente chegar. Tiago desceu com o presente e já correu para brincar. Eu fiquei com os seguranças me ajudando a tirar Francisco do carro no meio do temporal. Estacionei longe pra caramba, porque em frente ao buffet estava lotado e finalmente cheguei no salão de festas. Procurei pelos rostos conhecidos que sempre estão nas festinhas do colégio de Tiago. Nada. Não encontrava ninguém. Até que na hora de me sentar à mesa, vi que em todas as mesas tinham fotos de um bebê. Bingo! Não era a festa da amiguinha de Tiago. Uma senhora se aproximou de mim e perguntou se eu estava procurando por alguém, foi aí que perguntei pela menina e ela me informou que ali não era a festa dela. Acreditem: eu errei a data da festa. Poderia ter ficado em casa, descansando e saí naquela correria toda pra festa errada. Comprei o presente no lugar errado, saí de casa embaixo de temporal, tudo isso pra nada.

Quando procurei Tiago para irmos embora, perguntei a ele se não estranhou não ter encontrado ninguém conhecido. Ele estava no campinho de futebol, olhou pra mim, riu e falou: "Eu não, o pessoal tava aqui jogando bola, eu comecei a jogar também, até fiz dois gols!!!"
Rimos muito de toda essa situação, acabamos comendo no Mc Donald's, eu me senti a própria personagem da música "Barrados no Baile" de Eduardo Dusek:

"A dupla que era chique
Na entrada
Amarrotada teve que "sartar"
Ainda foi vista pela madrugada
Comendo um hot-dog vulgar..."

Risos... Tudo bem que não estávamos amarrotados e comemos até um sanduíche legal no Mc Donald's... Mas essa situação toda foi cômica, ainda bem que encaramos tudo com bastante senso de humor, afinal tem coisas que realmente só acontecem conosco.
Ah e ontem fomos à festa certa (no mesmo local, já que erramos apenas o dia), foi ótima! Contei o acontecido para a mãe da menina, ela riu muito!!!



terça-feira, 24 de maio de 2011

Direto do túnel do tempo...

Incrível como algumas coisas nos remetem a uma viagem no tempo mesmo... É mágico, surpreendente e esclarecedor. Muito da minha personalidade atual foi construída por momentos vividos, por decepções, frustrações, angústias... Sentimentos reais. Continuando a falar sobre meu reencontro com colegas do ISBA, tenho que falar sobre a minha primeira paixão. Todos passaram por isso, poucos falam sobre isso. Eu não tenho problemas em falar. Se um dia eu fui tímida, essa tímida ficou enterrada lá no passado, porque hoje eu me tornei uma pessoa destemida e impetuosa, que corro atrás dos meus sonhos e acredito piamente na minha capacidade de ser feliz e ir em busca disso, não ficar esperando que caia do céu. E fazendo uma viagem no túnel do tempo, encontrei meu primeiro amor platônico (talvez o único, porque depois dele tratei de realizar os amores que surgiram e os que não consegui realizar, tratei de esquecer). É tão engraçado lembrar disso, justamente em um momento em que estou buscando me conhecer melhor, fazendo auto terapia, lendo um livro de uma psicóloga Junguiana que estuda a mente feminina. Além de atriz frustrada, também sou uma psicóloga frustrada. Mas bem resolvida. Um dia resgato isso, por enquanto sou uma pseudo psicóloga, que busca respostas em escritos e livros.

Sabe que consegui me entender bastante, agora que relembrei desse amor platônico? Dá para entender porque eu me tornei tão determinada, tão voraz, tão guerreira. Muitas pessoas que me conhecem hoje dizem admirar o meu jeito de ser, sempre determinado, sempre lutando pelo que eu acredito. Mal podem imaginar que eu já fui uma menina boba e tímida, que tremia, ficava vermelha e o coração disparava ao ver um garoto que mal sabia que ela existia.

Todos na escola que me conheciam sabiam da minha paixão platônica por ele, era incrível, bastava alguém dizer que ele estava na escola (ele estudava de manhã e de vez em quando ia à tarde, principalmente quando a banda dele ia tocar no intervalo) que meu coração disparava. Risos. Ele nunca me “deu bola”, eu me sentia invisível perto dele. Até que um dia criei coragem e pedi para ele escrever no meu caderno de recordações, o fora foi redondo! (agora já são gargalhadas). Eis o fora:

Mas, na verdade, hoje estou escrevendo isso aqui como forma de agradecimento. Agradeço a ele, Gustavo Adolfo, por não ter me dado bola, por não ter me notado, porque muito do que eu me tornei foi graças a essa frustração na adolescência. Relembrando o filme “Efeito Borboleta”, se eu voltasse no tempo e pudesse ter mudado isso, acho que toda a minha vida teria mudado e não sei se seria pra melhor. Então agradeço por ter feito parte da minha vida, exatamente desse jeito.

E o mais gostoso disso tudo é ver que hoje podemos construir uma amizade (sim, desde que nos “encontramos” no facebook que estamos conversando e tem sido muito bom!), que na verdade nunca tinha existido antes, já que nem isso eu consegui na época. É bom ter essa oportunidade, de nos conhecermos como pessoas, de conversarmos depois de 20 anos. Muito legal! Valeu, Gustavo! Você fez parte da minha história e parte do que eu sou hoje (principalmente no aspecto emocional), devo a sua indiferença e ao que não vivemos juntos. Risos!

Recordar é viver, realmente!

Na noite de domingo, não sei dizer o motivo, eu resolvi procurar minha colega de escola - Kiyomi, que estudou comigo no ISBA, meu colégio favorito (já que mudei mais de colégio do que de roupa, graças ao espírito nômade do meu pai). Encontrei no facebook (que há alguns meses eu dizia não gostar...). Ela me adicionou rapidamente e começamos a conversar pelo chat do face. Nossa, como foi bom! Relembramos muitas coisas, conversamos sobre as nossas vidas atuais, foi uma noite de domingo maravilhosa! Ela me adicionou ao grupo do colégio e viajei no tempo, revendo as fotos de muitos colegas, reencontrando virtualmente pessoas realmente importantes pra mim. Vendo as fotos dos meus amigos nos anos que se seguiram a minha partida de Salvador, fiquei imaginando como teria sido minha vida se eu tivesse continuado lá. Em muitos momentos, vendo as fotos de amigas minhas juntas, senti falta de estar ali no meio delas... Engraçado. Relembrei exatamente de tudo: do dia que vim embora pra Natal. Não poderia ter sido mais dramático e simbólico. Meus pais nos bancos da frente, cheios de esperança por uma vida nova em Natal, cidade calma (que meu pai se encantou, minha mãe sempre foi uma baiana apaixonada, por ela eu sei que não teríamos saído)... Meu irmão e eu atrás. Eu, completamente desconsolada. O choro preso. Mas no som do carro começou a tocar: “Tarde em Itapoã”, com Vinícius de Moraes... Bastou isso! Desabei a chorar... Pensando em tudo que eu estava deixando pra trás, meus amigos, minha cidade que eu amava tanto. Por muito tempo, fiquei triste ainda. Principalmente porque em Natal, a vida cultural nessa época era escassa. Vida social então... nem se fala! Uma cidade realmente calma demais para o meu gosto. Não tinha shopping, não tinha teatro (tinha o teatro, mas não vinham peças para cá, não existiam grupos de teatro para jovens – meu sonho era fazer teatro, alimentei isso graças às peças que fiz no ISBA, nunca esquecerei...), cinema então... só tinham 2 salas e para um filme chegar aqui, demorava muito. Pra completar, morávamos dentro do hotel, no meio da Via Costeira, que é uma via imensa que não tem nada próximo, tudo deserto. Enfim, para mim era o fim do mundo. Fiz até greve de fome, mas nada resolveu. Risos.

Tudo isso veio à tona na noite do domingo passado. Foi ótimo fazer essa viagem no tempo, agora que estou mais madura (será?).

Ontem fui buscar o que eu tinha relativo a essa época da minha vida, encontrei poucas fotos (estranhamente eu não tirava muitas fotos, acho que tinha um probleminha com minha auto estima, graças a Deus superado nos dias de hoje... Afinal agora tiro fotos até demais.) e dois cadernos de recordações (vocês tinham isso na época?). Nossa, foi incrível reler as coisas que meus amigos escreveram sobre mim, eu parecia estar conhecendo outra pessoa. Falavam sobre minha timidez... Como assim? Se tem uma coisa que eu não me lembrava é de já ter sido tímida alguma vez em minha vida. Pasmem: eu era tímida. Essa Andreia estava muito bem guardada nas grutas do meu ser. Eu não lembrava da existência dela. Fantástico isso!

Tenho muito o que escrever sobre esse assunto... Sobre o resgate da minha memória, de sentimentos, está sendo fantástico reencontrar pessoas importantes na minha vida, pessoas que fizeram parte da minha história, que me ajudaram a construir o meu ser. Por hoje é isso, senão esse post vira um livro!

domingo, 22 de maio de 2011

'Sou uma mulher madura
Que às vezes anda de balanço
Sou uma criança insegura
Que às vezes usa salto alto
Sou uma mulher que balança
Sou uma criança que atura'

{Martha Medeiros}

Quantas noites não durmo...

É isso aí. Faz umas noites que não durmo direito e não tem nada de errado comigo. Nunca tive insônia, sempre dormi facilmente, mas de uns dias pra cá não estou conseguindo dormir direito. Meu filho tem 8 anos e sempre dormiu tranquilo, assim como eu. Mas nessa última semana começou a dar trabalho pra dormir. Aliás, dormir ele até dorme. O problema é que acorda inúmeras vezes durante a noite e é super estranho, porque eu sinto a presença dele em pé ao meu lado e quando eu abro os olhos: lá está ele. Parado, estático, em pé. E me pede para colocá-lo pra dormir. Eu, pacientemente, me levanto, vou até ao quarto dele, me deito na cama auxiliar e fico lá (desconfortavelmente) até que ele adormeça novamente. Não demora muito e ele dorme. Volto para o meu quarto. Demora uma hora mais ou menos. Lá está ele em pé ao meu lado de novo. Se não fosse meu filho, eu me assustaria, porque parece aquelas visões de filmes de suspense, que uma alma aparece assim. Acontece que isso vem se repetindo e ontem acabei conversando com ele de madrugada, porque eu achei que ia passar, mas está demorando e eu já estou começando a ficar preocupada.

Começamos a conversar e eu comecei a investigar sutilmente o motivo dessa tensão dele, o motivo dele acordar quando eu saio, qual o medo que o aflige... E ele me contou que viu uma propaganda no canal Discovery de um programa que falava de fantasmas e ele tem medo que entre um fantasma pela porta do quarto dele, por isso ele acorda quando eu saio. Porque ele acha que eu o protejo dos fantasmas. Eu expliquei de forma bem clara e racional que não existem fantasmas. Que se existissem, certamente não precisariam de portas, já que dizem que eles atravessam as paredes. E falei que se ele começasse a ter medo e acreditar, a própria mente dele se encarregaria de criar uns fantasmas para que o medo dele se justificasse. Eu bem sei o quanto as nossas mentes nos pregam peças. Ele se acalmou, concordou que não tinha lógica ter medo de que entrassem pela porta, já que teoricamente eles atravessam as paredes e aí então conseguiu dormir...

Acho que tive uns problemas parecidos com esse na infância, cheguei a fazer yoga para curar a insônia. Mas os meus fantasmas eram reais... Não cabe aqui tocar no assunto, já está superado!
Espero que os fantasmas imaginários do meu filho o deixem em paz, para que ele consiga dormir e eu também...

domingo, 15 de maio de 2011

Falei algo sobre ser mutante no post anterior? Ahhhhh tá... risos...

Pois é. Aqui estou para contar mais uma das minhas peripécias... Eu falei que estava aloirando??? Quantos dias atrás???? Muitos? Acho que não... A questão é que depois do desamarelador, meu cabelo adquiriu um tom loiro claro que definitivamente não combinou com a minha pele. Eu cheguei a conclusão que: posso mudar inúmeras vezes de corte de cabelo, raspar, deixar crescer... Mas eu sou morena! Nasci morena e definitivamente não combino com outra cor de cabelo. Talvez até possa variar os tons de castanho, mas nada que vá para o avermelhado ou loiro. E mesmo com toda a população que "entende de moda" dizendo que o preto envelhece... Sinceramente, amo cabelos pretos. E em mim então, acho que dá o realce que eu gosto. Eu gosto de contraste. E é assim que agora estou: com cabelos com um corte assimétrico que eu AMEI e com o tom preto.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Mutante

Não há nada que me defina melhor do que o termo mutante. Isso é um fato.
Tudo na minha vida muda o tempo todo, menos os sentimentos verdadeiros. Mas em se tratando de aparência física, eu fico me perguntando como existem pessoas que conseguem viver a vida inteira sem mudar o corte do cabelo, a cor, o jeito de se vestir... Porque eu simplesmente não consigo. É incrível.


O bom é que acho que é praticamente impossível alguém enjoar de me ver, já que eu sempre estou diferente da vez passada.


Nesses últimos meses que passei afastada aqui do blog, mudei em muitas coisas. Fiz 3 tatuagens novas. Lindas! E grandes. Uma sakura linda na perna que significa que a vida é passageira e nós temos que viver o presente. Isso tem tudo a ver comigo, já que além dela também tenho tatuado Carpe Diem, que significa praticamente a mesma coisa: Aproveite o dia. Nós não sabemos o dia de amanhã e o que eu acho mais mágico da vida é exatamente isso: viver cada momento como se fosse o último, porque na verdade nós não sabemos nada a respeito do próximo instante de nossas vidas.
Tatuei também uma fada linda, que está sentada em um cogumelo e tem o meu rosto. Ela representa a minha pessoa, que está sempre ligada a juventude, a admiração pelo belo, pelo mágico, pela fantasia... Mesmo bem velhinha, eu sempre lembrarei de como passei pela vida, apreciando os bons momentos, a beleza da natureza, a minha eterna criança que mora e sempre vai morar aqui dentro de mim.


Além disso, teve a fênix. Ela é fundamental pra mim. Ainda não tinha tatuado por falta de coragem, porque eu sabia que seria um desenho grande e também porque antes eu tinha muito medo da reação dos meus pais. Como agora (apesar deles não quererem ver e eu respeitar isso) eu não me importo tanto com o que eles pensam a respeito disso, resolvi fazer. A fênix sou eu. Que estou sempre renascendo, mesmo nos momentos mais difíceis. Representa também o renascimento do meu casamento, que para mim foi uma bênção de Deus.


Enfim... Antes eu tinha 9 tatuagens pequenas. E hoje sou dona de 8 tatuagens (algumas se uniram formando apenas uma), sendo 3 grandes.
Além das tattoos... Depois de anos morena, sem mexer na cor do cabelo, eis que estou aloirando... Risos.


Eu sempre gostei de mudar de visual, sempre cortei, cacheei, alisei, enfim... Nunca gostei de me ver sempre a mesma no espelho. Na semana passada, eis que acordo com o pedido do meu marido para que eu clareasse o cabelo, com algumas luzes!!! Nem precisa dizer que eu adorei a ideia, não é? Aqui estou com luzes, e já louca para clarear mais!!! Mas agora eu tenho que esperar pelo menos um mês para fazer mais, então estou nesse momento com um creme desamarelador no cabelo, para deixar o loiro mais natural, menos alaranjado! Espero que funcione!
Ei, eu estou escrevendo sem parar... Mudei de assunto de uma hora pra outra, acho que passei muito tempo longe daqui, preciso organizar melhor minhas ideias...
Depois eu volto!