sábado, 14 de abril de 2012

Acredite se quiser...

Eu nunca fui uma pessoa supersticiosa, não me importo de passar embaixo de escadas, não mudo de calçada ao ver um gato preto (pelo contrário, adoro gatos pretos), não costumo fazer simpatias... Claro que tem algumas coisas que fazemos automaticamente, porque se torna um hábito familiar, mas aí considero que são manias e não superstições, como por exemplo: desviro chinelos, não gosto muito de ver roupas pelo avesso e peço ao São Longuinho para encontrar objetos e quando encontro, dou os três pulinhos, claro! Risos...
Fiz essa pequena introdução para chegar ao assunto do post de hoje. Faz algum tempo que eu vinha sentindo uma azia quase diária, independente do que eu comia. Nada aliviava. Nem os antiácidos estavam resolvendo a queimação chata que eu estava sentindo. Então um dia comentando com um amigo a respeito, ele me surge com uma teoria de um surfista amigo dele que se a pessoa colocar um palito de fósforo virado pra baixo atrás da orelha, a azia passa. Claro que eu caí na risada diante do "absurdo", né? Quem em sã consciência ia dar ouvidos a uma asneira dessas? Qual a explicação lógica e científica para um palito de fósforo virado pra baixo atrás da orelha aliviar a queimação insuportável da azia? Eu não podia conceber isso. Risos.
Eis que um dia eu estava na frente do computador e comecei a sentir a queimação. Eu estava sem nenhum antiácido em casa e pensei... Mal não vai fazer colocar um palito de fósforo atrás da orelha. E aí eu provo que essa teoria é completamente idiota, uma superstição tola. Então peguei o palito de fósforo e coloquei atrás da orelha, pensando comigo mesma que eu era muito boba por estar fazendo isso, pagando esse mico, mesmo que ninguém estivesse olhando. Confesso que ri de mim mesma e da situação. Mas para meu espanto, funcionou. Sim. Pasmem. Funcionou. Em questão de segundos a azia passou. Acreditam? Bem... Pra falar a verdade, nem eu conseguia crer nisso. Para mim era absurdo, mas a verdade é que funcionou. Não posso negar. E a questão é que desde esse dia a azia foi embora. Não sei que mistério é esse, não sei qual a explicação... Procurei no Google e existem algumas páginas que falam a respeito. Fica a dica para quem, assim como eu, sofre de azia. Não custa tentar e vocês podem se surpreender. 

terça-feira, 3 de abril de 2012

Caminhos, atalhos e mudanças de rumo.

A vida é feita de escolhas. Mas isso não significa que as escolhas que fazemos são definitivas e imutáveis, muitas vezes nossos caminhos precisam ser revistos e precisamos fazer uns desvios na rota para que possamos pegar a estrada correta. 
Este momento da minha vida está sendo de uma profunda auto-análise. É um processo longo, não muito fácil, mas muito construtivo. Onde a cada aprofundamento que faço dentro da minha alma, descubro tesouros escondidos e passo a me conhecer e me amar cada dia mais. Começo a aceitar os erros, rever o que precisa ser mudado, tomar fôlego para enfrentar o que está por vir. Certamente não é fácil e por enquanto não é nada doce esse processo, mas confesso... O gosto ácido vem acompanhado de uma satisfação pelo autoconhecimento, pelo aprofundamento da minha alma. Existem milhões de pessoas que passam pela vida e pouco aprendem, pouco se conhecem, vão vivendo dia após dia sem entender o porquê de estar aqui, qual o seu papel no mundo. Eu, particularmente, não vim ao mundo a passeio. Eu tenho meu papel aqui e quero fazer a diferença. Para mim não teria sentido passar pela vida em brancas nuvens, viver superficialmente e não tocar a vida das pessoas que eu cruzo pelo meu caminho. 
A cada dia percebo que me aproximo atualmente de pessoas que se afinam comigo e com o que eu penso, que sentem profundamente a beleza da vida e que, assim como eu, preferem viver intensamente. É muito interessante quando aprendemos a nos amar, a primeiro nos cuidar para depois cuidar do outro. Aprendemos a nos fazer felizes, para deixar os outros felizes ao nosso redor. 
A vida é um eterno aprendizado e eu quero estar sempre atenta, ser essa eterna aprendiz da arte de viver, amar e aprender. 

terça-feira, 27 de março de 2012

Músicas que cantávamos errado (ou ainda cantamos...)

Ontem estava conversando com amigos a respeito de algumas músicas que cantávamos errando a letra e eu lembrei que existia até uma comunidade no orkut a respeito disso. É bem engraçado, porque algumas músicas a gente realmente sabe que cantava errado e em outras, o errado parecia tão provável que até hoje pensávamos estar cantando corretamente. Risos...
Vou listar algumas aqui e gostaria que interagissem comigo, caso lembrem de mais alguma, vai ser bem divertido, prometo responder os comentários e comentar também! : ))

  • "Entrei de caiaque no navio..." => nem preciso dizer como é o correto, né? 
  • "Mas é você que é mal passado e que não vê que o novo sempre vem!" => é você que ama o passado e que não vê... (essa eu não cantava errado não, mas lembro que rolou na comunidade, achei hilário!)
  • "Um abajur cor de carne..." => essa eu acho que todo mundo canta assim até hoje, mas acreditem, é cor de carmim!
  • "Na madrugada, vitrola rolando um blues, tocando de biquini sem parar..." => essa eu ri demais quando li, porque acho que pra quem nunca ouviu falar em B.B. King talvez fosse fácil acreditar que alguém tocaria de biquini sem parar... 
  • "Nos lençóis macios, a mantissidão, travesseiros soltos, roupas pelo chão..." => essa eu entendia assim e ainda fui perguntar a minha mãe o que era "mantissidão", risos... "amantes se dão" => eu era muito menina para saber o sentido disso... 
Esses são alguns exemplos de músicas que muitas pessoas (inclusive eu) cantavam errado, agora seria legal se vocês também lembrassem de mais algumas, vai ser bem divertido!


domingo, 25 de março de 2012

As pessoas não estão no mundo para atender as nossas expectativas.

Tive um momento de extrema inspiração nas semanas passadas, onde vivi momentos de uma real escritora, que tem necessidade de se expressar e colocar pra fora sentimentos, experiências e vivências. Parecia mais forte do que eu (e acho que realmente era) e eu tinha que parar tudo o que estava fazendo para escrever e escrever. 
De repente, a calmaria voltou e mesmo que eu tentasse escrever algo, não me parecia satisfatório ou interessante e se é para escrever por escrever, prefiro ficar no silêncio, porque se a gente quebra o silêncio tem que ser para acrescentar algo de bom.
De uns tempos pra cá, ando muito reflexiva, introspectiva e numa busca de mim mesma. Na busca de alguém que se perdeu no meio de tantos caminhos incertos, de estradas tortuosas que me afastaram de quem eu fui e me aproximaram de quem eu não quero ser. Sim, eu sempre bati no peito e disse que "não mudo minha postura só pra te agradar" (bem Ana Carolina... risos!). Mas quantas e quantas vezes me vi realmente caminhando por estradas que não escolhi, simplesmente porque ser eu mesma chocaria quem me cerca. Principalmente os meus pais, que sempre esperaram mais de mim do que eu pude oferecer a eles. Eles sempre esperaram que eu fosse uma pessoa, quando na verdade sou outra completamente diferente. E eles, definitivamente, não me conhecem. E não querem me conhecer, preferem acreditar que eu sou quem eles pensam que eu sou e cada vez mais isso doi. E cada vez mais sei lidar menos com isso. Porque não sei até quando conseguirei vestir essa personagem para agradá-los. Quanto mais amadureço, mais percebo que isso está ficando difícil.
A frase do texto define isso. Eu não estou aqui para atender as expectativas de ninguém. Nem mesmo dos meus pais.  E ninguém está no mundo para atender as minhas expectativas. Até porque sou alguém que espera demais dos outros e sempre vou acabar me frustrando por isso. Preferi aprender a não esperar nada. O que eu aprendi com a minha relação com meus pais é realmente como eu vou respeitar o meu filho, seja lá qual for o caminho que ele desejar seguir (desde que seja saudável), eu estarei do lado dele. Eu quero conhecer meu filho e não quero que ele use máscaras e interprete personagens para me agradar.
Amo saber que tenho ao meu lado pessoas verdadeiras. Bons amigos, que mesmo me conhecendo (ou me estranhando), me amam exatamente como eu sou.
Esse texto talvez fosse um daqueles que não deveria ser divulgado. Eu sou extremamente transparente e isso não é bom no mundo atual. Mas querem mesmo saber? Eu não me importo. Sou daquelas que dá a cara a tapa. Que se expõe. E que não tem medo. 

Bom domingo.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Wormhole, ou melhor, "buraco de minhoca".



Em física, um buraco de verme ou buraco de minhoca é, em essência, um "atalho" através do espaço e do tempo. Um buraco de verme possui ao menos duas "bocas" conectadas a uma única "garganta" ou "tubo". Se o buraco de verme é transponível, a matéria pode "viajar" de uma boca para outra passando através da garganta. O nome "buraco de verme" vem de uma analogia usada para explicar o fenômeno. Da mesma forma que um verme que perambula pela casca de uma maçã poderia pegar um atalho para o lado oposto da casca da fruta abrindo caminho através do miolo, em vez de mover-se por toda a superfície até lá, um viajante que passasse por um buraco de verme pegaria um atalho para o lado oposto do universo através de um túnel incomum. 

Comecei o texto explicando o buraco de minhoca, para desenvolver minha linha de raciocínio referente a alguns acontecimentos. Risos...

Há algum tempo, descobri através de minha amiga Aninha, um posto de gasolina que é um ponto de encontro de pessoas inteligentes e interessantes, que vão pra lá mesmo em dias de semana para trocar ideias, beber alguma coisa e bater papo. Esse posto tem algo de especial, porque não tem nada de tão interessante por lá, é igual a qualquer posto de gasolina que tem uma conveniência e não oferece nada a mais que possa atrair as pessoas, mas o que ocorre é que atrai. E o mais engraçado é que as pessoas que se reúnem lá são responsáveis, trabalham, tem seus compromissos, mas quando se encontram no posto, perdem a noção de espaço e tempo e muitas vezes ficam até o dia amanhecer sem perceber que o tempo passou. Comentamos sobre a teoria do buraco de minhoca e o texto já estava na minha cabeça há alguns dias, mas eu precisava pesquisar mais sobre o "wormhole". 

Tenho um amigo em especial que é muito engraçado! Porque ele sempre diz assim: "hoje não vou ao posto, preciso dormir cedo". Mas algo acontece que ele sempre acaba por lá e ele repete incessantemente: "Não vou demorar aqui, vim só pra abastecer, tomar uma cerveja e vou pra casa". Mas o que acontece é que ele nunca vai, o buraco de minhoca absorve ele e ele fica no posto. É mais forte que ele, eu sei que ele é responsável, sei que no fundo ele precisa mesmo ir pra casa, quer dormir, tem compromissos no outro dia, mas não tem jeito. Se ele for ao posto, ele é absorvido pelo "wormhole". E não consegue ir pra casa antes das cinco da manhã, no mínimo. 

O que é mais interessante é ouvir no outro dia: "Preciso parar com isso, tenho que começar a dormir melhor, não posso ficar indo ao posto no meio da semana". Mas algo acontece que quando chega à noite, parece existir um ímã que o chama para o posto e ele acaba mais uma vez no buraco de minhoca. Risos! Não vou citar o nome do meu amigo, até porque sei que ele não é o único que está sempre sendo absorvido pelo buraco de minhoca do referido posto. 

Não sei qual é o mistério do posto, mas vou continuar investigando!

quarta-feira, 7 de março de 2012

Feminina sim, fresca não.

Eu acho muito interessante como tem mulher que acha que para ser feminina tem que ser fresca. Muitas vezes a culpa nem é delas, porque realmente somos criados por uma sociedade machista. Estou longe de ser feminista, até porque radicalismo de nenhuma espécie combina comigo, mas odeio o pensamento machista da maioria da população. 
O que realmente me incomoda é ver mulheres dando escândalo porque se deparam com uma barata (me desculpem, amigas, se alguma de vocês faz isso, mas sinceramente acho ridículo), quando é tão fácil ir lá e pisar em cima. Mas elas querem fazer o teatrinho e dar gritinhos histéricos para chamar a atenção dos homens (sejam eles namorados, ficantes ou pretendentes). Não sei se acham que isso faz parte de algum jogo de sedução, mas para mim soa patético.
Ontem presenciei uma cena dessas e lamento por essas mulheres. Sou feminina sim, sou vaidosa, mas o máximo de frescura que me permito é o que provém da vaidade feminina mesmo: gastar dinheiro com maquiagem, perfumes, cremes, coisas cor de rosa (isso eu amo!!!). Futilidade também é necessária em alguns momentos... Qual mulher não gosta de passar uma tarde no salão de beleza sendo cuidada? Fazer unhas, arrumar o cabelo, fazer depilação, jogar conversa fora, falar bobagens e ouvir conselhos absurdos e engraçados do cabeleireiro gay? É divertido e acredito que é necessário. A vida requer momentos de pura leveza, descontração e é muito bom ter momentos de falar bobagem sem pudores e sem receios de julgamentos alheios.
O que eu questiono aqui não é isso. Não sou séria, pelo contrário. Quem me conhece sabe que sou meio louca e acho que isso nunca vai mudar. Meu filho fala pra mim o tempo todo: "Mamãe, não quero que você seja uma mãe normal!" Isso porque eu pulo, danço, brinco! Faço vozes, falo com objetos. Sou rígida quando necessário, mas sou uma mãe diferente, porque ainda tenho a minha parte criança muito viva e faço questão de deixar a minha vida leve! 
A questão é que a grande maioria das mulheres escolhe representar o papel da "mulherzinha" que precisa dar chilique ao ver uma barata (para que o homem que está com ela se sinta o "herói"), que faz questão de parecer frágil o tempo inteiro para que o seu "herói" possa protegê-la de qualquer risco ou perigo. Ainda bem que eu me relaciono com pessoas com quem eu tenho afinidade e nenhuma amiga minha se enquadra nesse estereótipo. E se eu fosse homem, acho que não acharia nada sexy uma mulher chiliquenta. Sinceramente. Eu me apaixonaria por uma mulher como eu, modéstia à parte. Posso não ser das mulheres mais bonitas do mundo (também não sou de se jogar fora), mas sou engraçada, inteligente, divertida. E isso fica pra sempre. A beleza um dia se esvai (espero que demore para acontecer, sou vaidosa!). A inteligência fica. Ter uma companhia agradável ao lado não tem preço. De que adianta sair com uma super modelo e ela não ter nada a acrescentar em sua vida? Só para ter o prazer de dizer aos amigos que namora uma top model? Grande coisa. 
Ainda bem que, hoje em dia, eu seleciono muito bem as minhas amizades e dentre os amigos que eu tenho, nenhum se encaixa no estereótipo que descrevi também: o tipo de homem que quer ter um troféu para exibir aos amigos e não sabe o que é ter uma namorada de verdade ao lado, aquela que sabe conversar, que se diverte e sabe ser divertida. 


terça-feira, 6 de março de 2012

Eu pensei que sabia amar, quando renunciava a mim mesma pelos outros.

Outra frase que me tocou do livro que estou lendo: "Canção da Plenitude". Esse livro chegou pra mim através de uma pessoa muito especial e tem me feito refletir muito, ele disse que leu esse livro em 2005 e sempre teve vontade de repassar para alguém, mas nunca aconteceu, e de repente (ou nem tão de repente assim, já que acredito que o acaso não existe) esse livro veio parar justamente em minhas mãos, 7 anos depois dele ter lido.
É surpreendente as ligações que a vida faz com as nossas vidas. A gente encontra uma pessoa e de repente, essa pessoa parece ter feito parte da sua vida desde sempre. Isso não acontece com frequência, mas eu tenho a sorte de encontrar pessoas assim, são poucas e preciosas.
A minha noção de amor até bem pouco tempo era essa: doação incondicional a outra pessoa, renúncia de mim mesma. Eu achava que me amar era egoísmo, a gente confunde egoísmo com autopreservação. O verdadeiro amor preserva a si e ao outro, a liberdade de ser de cada um. Isso vale para qualquer relacionamento, seja amoroso, de amizade, filial, etc.
Descobrir que posso me amar e não me achar egoísta por isso foi o meu grande aprendizado nessa minha nova fase. Diziam que em 2012 o mundo iria acabar, outras pessoas dizem que algumas pessoas vão ter uma espécie de iluminação a respeito da própria realidade. E acho que é isso que está acontecendo comigo. Antes eu me via de uma forma a tentar me entender e nunca conseguia. Hoje eu me enxergo, me aceito, me amo como eu sou e é muito bom isso. Porque eu não dependo mais da aceitação das outras pessoas, e acho que isso me faz tão bem, que estou longe de estar vivendo um momento egoísta. Pelo contrário, a partir do momento em que aprendi a fazer bem a mim mesma, está muito mais fácil fazer bem a quem está do meu lado.

E no meio do caminho havia um furo no tanque de combustível...

É isso aí. A vida está cheia de imprevistos e acontecimentos que nos perturbam. No meio de tanta filosofia, a minha vida prática tem apresentado alguns desafios. Como me manter calma, serena, feliz e otimista quando vem uns acontecimentos chatos para nos perturbar... Antes não era fácil, mas acho que estou numa fase tão incrivelmente positiva, que nem esse furo no tanque de combustível vai abalar a minha paz.
Estou aqui dentro da oficina, que tem Wi fi e divagando no blog. O iPad foi um dos melhores presentes que ganhei na vida, eu sou altamente tecnológica, apesar de extremamente romântica. Eu me rendi facilmente a tecnologia, e amo estar conectada o tempo inteiro. Agora que voltei a escrever então, nem é mais problema pra mim ter que ficar em alguma sala de espera. Na verdade, acho até bom. Porque em casa acabo tendo mil afazeres e pouco paro para escrever. Com o iPad aonde eu estou, estou escrevendo, a inspiração vem nos lugares mais inusitados e desta vez veio aqui dentro dessa oficina.
No meio de mecânicos correndo de um lado pro outro, o barulho dos motores, estou aqui parecendo estar em outra dimensão, escrevendo compenetrada, longe de todo esse burburinho da oficina.
E quer saber? Não estou chateada como ficaria antes por causa desse furo. Por causa desse furo, está nascendo mais um texto. E como eu nunca fui materialista, não vou ficar me martirizando por causa do prejuízo, já dizia meu pai: quem tem carro, tem uma segunda família. E depois do Monza que mais parecia o Beethoven (um conserto em cada esquina), esse carro até que não tem me dado muita dor de cabeça.
E se a vida nos dá um limão, façamos uma limonada!

Mamografia

Ok, é um exame que todas as mulheres acima de 37 anos precisa fazer, principalmente as que tem caso de câncer de mama na família (é exatamente o meu caso). Poderia ser menos insuportável, porque a impressão que se tem é que o peito é um pão daqueles de hambúrguer bem recheado e é espremido na sanduicheira até ficar do tamanho de um papel. Meu Deus! Que coisa mais estranha. Imagino as mulheres que tem menos peito que eu, eu não sou mega peituda, mas meu peito até que se encaixou bem na máquina, mas e as que são desprovidas de seios? Deve ser mais terrível ainda, porque eles vão puxar até que o seio se encaixe lá na máquina de tortura.
Meu objetivo não é assustar ninguém, se a gente tem que fazer, tem que encarar e pronto. Eu não sou cheia de frescurinha não, se é algo que é necessário, se vai me ajudar a manter a saúde em dia, prevenir doenças, eu faço e pronto, mas que deveriam inventar algo menos traumático, isso é um fato. Na verdade, é mais um dos meus momentos de desabafo, apenas isso. Mas não vou exagerar, é chato, mas é rápido! E se é para o bem de todos e felicidade geral da nação, diga ao povo que eu recomendo. Risos...
Agora é esperar para ver o resultado, torcer e acreditar que vai correr tudo bem!

Mesmo quando alguém diz que quer ouvir toda a verdade... Nem sempre está preparado para recebe-la.

Essa é a frase de um livro que estou lendo (mais uma vez vem as conexões em minha vida). Na verdade, é uma frase que sempre me veio a mente, mas o livro traduziu de forma crua e me fez refletir.
Todos nós já ouvimos falar diversas vezes coisas bem parecidas com essa frase, tipo: " A verdade dói." Eu continuo preferindo a verdade, ainda que doa, ainda que seja difícil ouvir ou ler, ainda que eu não esteja preparada para escutá-la. (Desculpem-me se não estou seguindo o novo acordo ortográfico, ainda me enrolo com a retirada dos acentos... )
Como estou nessa fase de auto-aceitação (mais uma coisa de que fala o livro) e de um processo doloroso e delicioso de redescoberta do meu eu, estou encarando a verdade o tempo todo. Não quero pessoas pela metade perto de mim, não quero e nunca quis relacionamentos vazios (quem me conhece sabe o quanto sou intensa e verdadeira em tudo que vivo e sinto). Não me importo com quem não se importa comigo. As únicas pessoas por quem ainda visto um figurino e uso máscaras são meus pais, porque eles não me aceitam como eu sou e eu respeito e amo eles demais, só por eles me permito representar, para que a minha verdade não os magoe. E só.
Muita gente me conhece e não me conhece. Simplesmente porque é fácil passar pela vida das pessoas e não deixar marcas, não se conectar. Para se conectar a outras pessoas, para estreitar laços de amizade, é necessário abrir o coração, permitir conhecer e deixar-se conhecer também. Parece tudo muito simples, mas as pessoas, em geral, complicam um bocado. Vestem fantasias e personagens, usam máscaras e falam meias verdades, fazem joguinhos de todo tipo. Eu nunca fui adepta desse tipo de comportamento, e por isso, já fui muito mal interpretada, já me importei com isso, mas hoje não mais. Não ligo de ser mal interpretada, porque é justamente nesses momentos em que eu percebo quem realmente me conhece e quem apenas julga a aparência. Quem entra na minha vida tem que saber que pisa em território sagrado, eu sou muito preciosa, eu sou como a água de um oásis, límpida e transparente. Nunca vou fazer nada para agradar a ninguém, serei sempre eu mesma, se souber me cativar, terá para sempre uma amiga.
Hoje, ouvi de uma pessoa que já me julgou muito, que já foi extremamente cruel comigo, uma frase por telefone que me tocou profundamente, estou muito grata a Deus por tudo que está acontecendo em minha vida, já que de repente parece que estão me enxergando. Nunca fiz nada esperando reconhecimento de ninguém, tudo que eu faço é porque eu sou completamente coração mesmo. Já me prejudiquei por isso, mas não consigo deixar de ser assim, é a minha essência e não vou perdê-la. A pessoa que não vou citar o nome, me disse: "Aqui a gente só pode contar com você. Você é a única que faz tudo o que pode para ajudar e não reclama. Se for preciso, você tira a roupa do corpo para dar a quem precisa e a gente sabe que faz isso de coração." Foi incrível escutar isso dela. Porque já fui crucificada por ela algumas vezes, mas eu sempre perdoei, é uma pessoa com muitas amarguras na vida e muitas vezes descontava o sofrimento dela em mim.

Comecei falando de uma coisa e terminei com outra completamente diferente. Esse turbilhão de ideias ainda não me deixou organizar bem os pensamentos, estou sentindo uma necessidade fora do comum de escrever e venho direto para o blog, não tenho salvo meus textos no word, preciso até fazer isso, porque não quero correr o risco de perder todo esse registro aqui. Talvez eu esteja escrevendo tanto que muitos de vocês nem tenham paciência para ler, mas mesmo assim vou continuar com meu processo criativo, porque futuramente vou gostar de me reler e saber que passei por tudo isso.

Liberei os comentários para qualquer pessoa, se não tiver conta no Google, é só colocar anônimo, mas não esqueçam de assinar, adoro interagir com quem me lê, o feedback é o que há de mais interessante na dinâmica dos blogs. E quem sabe assim, a gente não se conhece melhor? Você não se permite me conhecer e permite também que eu o(a) conheça? É um convite. Embarque comigo.

Mente inquieta, dedos nervosos...

É, já falei anteriormente sobre conexões. E é muito interessante, porque bastou me conectar ao meu eu escritor que de repente as ideias não param de fervilhar em minha mente e eu não paro de escrever. Está me fazendo muito bem, eu sempre gostei de escrever, mas confesso que estava numa fase extremamente preguiçosa e com isso perdi ótimos textos...

Muitas vezes comentei com minha cunhada, Bell, que adoraria ditar para alguém escrever, porque estava com preguiça... 

Mas de repente essa vontade de expor sentimentos, ideias e opiniões veio mais forte que minha preguiça, me venceu e eu estou aqui com meus dedinhos nervosos escrevendo tudo que me vem à mente.

Agora há pouco em um diálogo maravilhoso com minha amiga Aline (saudades de você e de nossos papos cabeça), ela me diz isso: "Quando a gente toma uma decisão certa é como se essa ideia sempre existisse na sua cabeça, é algo que já se pensava e já estamos acostumados com ela, só não tomamos a atitude antes. "

Nossa!!! Incrível ler isso agora. Parece até que é uma mensagem transmitida especialmente para o momento em que eu estou vivendo essa grande transformação interior, me fazendo perceber o quanto estou certa em seguir o caminho do meu coração, do meu reencontro comigo mesma, da paz depois de tanto tempo de angústia por tentar me adaptar a uma situação que parecia de impossível solução. E é isso, Aline, você falou como um anjo: Parece realmente que essa ideia sempre existiu em minha cabeça e só agora eu deixei que ela florescesse e que eu me libertasse de amarras que pareciam indestrutíveis. 

Você nem sabe o quanto foi importante conversar contigo hoje, você está conectada comigo, mesmo tão distante e mesmo depois de tanto tempo sem conversarmos... Amizade é isso, ligação de almas! Que bom que tempo e espaço não corrompem uma ligação como a nossa. 


Valeu!

segunda-feira, 5 de março de 2012

Mal Necessário - Ney Matogrosso

Sou um homem, sou um bicho, sou uma mulher
Sou a mesa e as cadeiras deste cabaré
Sou o seu amor profundo, sou o seu lugar no mundo
Sou a febre que lhe queima mas você não deixa

Sou a sua voz que grita mas você não aceita
O ouvido que lhe escuta quando as vozes se ocultam
Nos bares, nas camas, nos lares, na lama.
Sou o novo, sou o antigo, sou o que não tem tempo

O que sempre esteve vivo, mas nem sempre atento
O que nunca lhe fez falta, o que lhe atormenta e mata
Sou o certo, sou o errado, sou o que divide
O que não tem duas partes, na verdade existe

Oferece a outra face, mas não esquece o que lhe fazem
Nos bares, na lama, nos lares, na cama.
Sou o novo, sou o antigo, sou o que não tem tempo
O que sempre esteve vivo

Sou o certo, sou o errado, sou o que divide
O que não tem duas partes, na verdade existe
Mas não esquece o que lhe fazem
Nos bares, na lama, nos lares, na lama

Na lama, na cama, na cama

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Essa música me tocou profundamente hoje, sempre que a escuto ela me fala alguma coisa... E hoje, escutando com a interpretação primorosa de Ney Matogrosso, ela me jogou na cara quem eu sou. E quer saber? Estou amando esse meu processo de autoconhecimento, estou amando a Andreia que está se desnudando, que está desprovida de máscaras (que pouco usei) e convenções. A Andreia que não tem medo de enfrentar o comum, de enfrentar o que é imposto pela sociedade. Prazer, Andreia. Que bom que você apareceu! Você é tão mais linda do que a Andreia que tentava se adaptar. =)

Razão sem emoção = uma vida sem sentido.

Hoje à tarde, assisti um trecho de um programa no Discovery Channel que falava sobre um homem que teve um tumor cerebral e foi preciso retirar uma parte do cérebro para que ele fosse curado. Antes do tumor, ele era casado e apaixonado pela esposa, viviam muito bem. Mas após a cirurgia que ele foi submetido, a parte do cérebro que foi retirada foi justamente a responsável pelas emoções. E com isso, ele passou a ter problemas no casamento, porque já não conseguia sentir nada e também não conseguia sentir-se amado, mesmo com a esposa ao lado e cuidando dele. Eles se divorciaram, mas ela cuida dele até hoje (qualquer semelhança é mera coincidência...).
Os médicos vem estudando o caso dele, o programa foi muito interessante, pena que não vi todo, peguei só o final... Mas uma frase que ele (o paciente) disse, me marcou profundamente: "Eu gostaria muito de voltar a ter emoção. Razão sem emoção torna a vida sem sentido." Realmente, de que adianta ter a inteligência preservada e ser completamente racional? Qual o sentido de uma vida sem emoção? Não consigo nem conceber isso, até porque como já falei antes aqui: sou toda coração! Eu poderia até ser um pouco mais racional, acho que me faria bem, mas viver sem emoção não tem sentido algum.
E ainda bem que quando tudo parecia ter ficado cinza em minha vida, a fênix mais uma vez renasce. As conexões que criamos com as pessoas que temos afinidade são mágicas. Nos faz bem e revigora a alma. Permitir que nos conheçam e nos permitir conhecer pessoas, isso é fundamental na vida. Pelo menos, na minha vida. Não sei viver sem me conectar. Isso é assunto para mais um texto, a inspiração voltou com tudo!

*Especialmente quero agradecer a Marquinho, que me ligou para falar do programa no Discovery Channel. É a conexão de duas almas que estão permitindo se conhecer.
"Neste mundo não há saída: há os que assistem, entediados, ao tempo passar da janela, e há os afoitos, que agarram a vida pelos colarinhos. Carimbada de hematomas, reconheço que sou do segundo time."

Esta frase sempre me tocou muito. Não foi escrita por mim, mas me traduz profundamente. Estou aqui carimbada de hematomas, agarrando a vida pelos colarinhos. E me orgulho de ser assim, sim.

Minha vida não é um mar de rosas, mas eu não me faço de coitadinha, nem ando me lamentando pelos cantos. Prefiro enfrentar os problemas de frente e viver intensamente os momentos bons que estou me permitindo viver, não me preocupo mais com o julgamento alheio, porque ninguém está na minha pele, ninguém sabe o que vai dentro da minha alma, só eu e Deus. E não devo nada a ninguém, nem satisfações, nem justificativas.

Vivi muito tempo tentando ser uma personagem de um filme escrito, dirigido e produzido por mim mesma. Tentei demonstrar com o sorriso nas fotos que levava uma vida perfeita, vivia uma história digna de conto de fadas, mas que só existiu em minha imaginação. Meu lado atriz morreu de vez. Cansei de interpretar essa personagem. Não quero mais. Eu sou o que sou, não o que pensam que eu sou. Eu sou autêntica, posso ter milhões de defeitos (e tenho mesmo), mas essa qualidade eu tenho e me orgulho muito: sou autêntica. Não preciso provar nada pra ninguém, porque as pessoas que são realmente importantes pra mim sabem quem eu sou e gostam de mim ainda assim.

Só tem duas pessoas, que mesmo me amando muito nunca souberam e talvez nunca saibam quem eu sou: meus pais. Amo demais eles, respeito demais. Mas eles tem muitos preconceitos, muitas ideias ligadas a igreja, religião, que vão de encontro a mim. Acredito em Deus, Deus está em primeiro lugar em minha vida, mas não me prendo a convenções, a cada dia me conheço mais e mesmo sabendo que eles não me conhecem e talvez nunca venham a saber quem eu realmente sou, os amo infinitamente. Respeito a posição deles.

Esse post nada tem a ver com cotidiano e situações engraçadas do dia a dia. Tem mais a ver com um desabafo que veio assim de repente, gritando dentro de mim, como se eu tivesse que deixar aqui registrado que eu estou cada dia mais me conhecendo e me aceitando, mesmo cada dia mais inadequada à sociedade.

E tenho dito.

Pochete ou necessaire?

Eis que estou entre amigos, quando surge uma bolsinha de nylon com propaganda de um banco em cima da mesa. O que estava portando o objeto estende o mesmo para o amigo que está ao meu lado e pergunta: "Cara, você usa pochete?', então meu amigo responde: "Isso não é pochete, é uma necessaire! E uso sim, é legal levar numa viagem, para organizar produtos de higiene pessoal, etc." Bingo! Foi suficiente para que o portador da pochete (ou melhor, necessaire) se libertasse do produto que o incomodava. Brilhantemente ele diz: "Legal, cara! Pois então é um presente pra você!"
Fomos saber nesse momento que esse nosso amigo recebeu a bendita pochete, que na verdade é uma necessaire, de outro amigo que recebeu de alguém. Então veja bem quantas vezes esse produto, que deveria ser um brinde interessante, já que faz propaganda de um banco, rolou até chegar nas mãos desse meu amigo. Simplesmente passou, no mínimo, por três mãos, sendo rejeitado e oferecido ao próximo como algo interessante. Mas se fosse realmente interessante, não estaria dentro da minha bolsa agora, já que até o meu amigo que recebeu como presente, por último, na noite de ontem, arrumou um jeito de "guardar" na minha bolsa e aqui está. Eu tenho várias necessaires e essa, sinceramente, não me atraiu. Risos. Caso o meu amigo não queira, com certeza, ela vai ser passada para outra pessoa e talvez esse ciclo não termine nunca. Já estou até curiosa para saber aonde ela vai parar, qual será o seu destino? (não tem jeito, tenho que ter dilemas existencialistas até com objetos).

*Voltarei a escrever no blog sempre que tiver "causos" interessantes para contar, cenas do cotidiano... Para quem gosta de me acompanhar, não deixe de vir aqui sempre, a inspiração voltou com tudo. E valeu, Omar, porque mais uma vez me inspirou para mais um texto, dessa vez sobre a "pochete-necessaire" que se encontra nesse momento em minha bolsa, até o próximo receptor. Risos!

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Autoconhecimento

O processo de autoconhecimento é longo. E não é fácil, muito menos doce... Muitas vezes experimentamos o gosto ácido de descobrirmos quem somos e o que estamos realmente fazendo aqui. Confesso que por algum tempo (muito, talvez...), eu vivi no mundo de Alice. Sim, vivi no Paìs das Maravilhas, criado por mim mesma e minha mente sonhadora e romântica, que insiste em crer no belo e perfeito, bem típico de uma libriana.
Como já dizia meu velho amigo, Mattedi (já citei ele por aqui...), eu amo o amor. Eu amo estar apaixonada. E muitas vezes projeto em pessoas esse sentimento, que vive em mim, independente. Jean, meu grande amigo Jean, sempre me falou também: Deia, você é toda coração. Isso parece ser bonito, né? E talvez até seja para quem está de fora, mas pra quem é toda coração como eu, é muito difícil. São poucas as pessoas "toda coração" que eu conheço, a maior parte respira trabalho, respira praticidade, e acho que vivem de uma forma mais leve, porque tem preocupações práticas e vivem a vida sem tanta profundidade e com o coração mais tranquilo.
Eu fiz várias escolhas em minha vida que afetaram profundamente o meu presente e consequentemente o meu futuro, eu escolhi viver em função de um amor, de uma pessoa que eu amo hoje de uma forma completamente diferente e muita gente talvez nem entenda, porque apesar de estar casada com ele, a minha ligação com ele nada tem a ver com a de marido e mulher. Somos amigos, irmãos. Sou capaz de dar a minha vida para salvar a dele. Larguei trabalho, faculdade, vida profissional, para me dedicar inteiramente a cuidar da saúde dele. Mas hoje eu sinto que amo sozinha, que só me senti realmente casada nos primeiros anos de casamento e que a cada dia estamos mais longe de ser realmente um casal. Muitas vezes é difícil de admitir isso, porque no fundo eu queria acreditar que poderia ser diferente, que poderíamos voltar a ser um casal, mas vejo que isso seria mais uma tentativa em vão da minha parte, hoje o sentimento é cada dia mais fraternal...
Estou em um momento egoísta, pela primeira vez em minha vida. Estou olhando pra mim, cuidando de mim e da minha felicidade, ou pelo menos dos momentos de felicidade que estou me permitindo viver. Eu não estou mais preocupada com o que vão pensar, julgar ou achar. Eu me conheço a cada dia mais e sei da preciosidade que é a minha alma. Sempre procuro fazer o que considero correto e sempre pensei mais nos outros do que em mim, mas agora resolvi que está no momento de me permitir ser feliz, cuidar da minha saúde (já que sempre cuidei dos outros e pouco de mim) e da minha sanidade mental. Pretendo voltar a cantar, mas desta vez com aulas de canto, técnica vocal, etc... Minha alma voltou a ser adolescente, por muito tempo eu não me sentia viva, me senti sobrevivendo a toda essa situação, mas de repente... Eis que me sinto viva e cheia de energia de novo, e nada nem ninguém vai me fazer sentir mal nesse momento, continuarei cuidando dele e continuarei com a missão que eu escolhi, mas agora com muito mais leveza e olhando também para mim, pq se eu não cuidar de mim mesma, com certeza ninguém vai cuidar.

E tenho dito.