quinta-feira, 19 de outubro de 2017

4.3



Estava aqui pensando... Há dois anos, fiz um churrasco aqui na cobertura do prédio. Comemoração dos meus 41 anos. Muita gente! Muita gente mesmo! Muitos conhecidos que pensei ser amigos. Todos bem animados, comida, bebida, o dia inteiro de farra e animação. Ainda lembro da reflexão do meu amigo Jean... "Será que esse povo todo é seu amigo? Tem gente aqui que eu nunca tinha visto antes..." Pois é. A maioria continuou a ser apenas conhecido. Alguns que pensei ser amigos, mostraram que não eram. Os conhecidos são conhecidos até hoje e tudo bem! Os poucos e bons amigos ficaram. Como sempre é na peneira da vida.

O que reflito hoje é que meu dia hoje foi bem menos agitado, foi bem tranquilo,mas comemorei meu aniversário de uma maneira muito mais madura e muito mais prazerosa. Passei em casa, com minha família. Tranquilamente. Um almoço delicioso. E à noite, pizza e jogos com meu filho e a namorada dele. Tudo na vida são fases mesmo. Mas estou amando a evolução da minha vida. Amando estar apenas com quem realmente me ama, com quem realmente quer estar comigo. 
No churrasco dos 41 anos, minha família estava. Mas certamente dei muito menos atenção a eles no dia agitado de festa do que hoje, no nosso dia especialmente familiar. 
E a verdade é que eu sou muito mais família que aglomeração. Sou muito mais poucos e bons amigos que "turma". 4.3. Mais madura. Mais eu. Mais inteira. Mais feliz.

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Todo excesso esconde uma falta...

Sim, isso é um fato. Estou cada dia mais lúcida e consciente. Eu sempre fui intensa, quem me conhece sabe, sou assim desde que me entendo por gente. Sempre tive sentimentos exacerbados, sempre me doei profundamente para as amizades, sempre amei com toda minha alma e meu coração. A verdade é que sempre amei ser assim. Dizem que amar é admirar, e eu admiro mesmo a minha pessoa, exatamente por conseguir viver intensamente cada dia da minha vida. Conheço poucas pessoas como eu, as pessoas em sua maioria são bem mais comedidas. O fato é que, por mais que a gente saiba que o amor deve ser dado sem querer nada em troca, uma hora o bicho pega. Nem espero, nunca esperei por alguém que possa me amar com a mesma intensidade que amo, mas de verdade ando cansada de ser invisível. Ando cansada de não ser vista. Ando cansada de só ser vista quando algo sai errado, quando erro em alguma tarefa, cansei de ser um robô. Já faz um tempo que ando privada de sentimentos, por questões de sobrevivência mesmo. Porque ou eu sublimava tudo o que sentia ou simplesmente enlouquecia, já que praticamente fui obrigada a esquecer a minha essência, esquecer quem eu sou, para conseguir viver a minha vida atual. Vida que escolhi. Não sou vítima. Nunca vou assumir esse papel. Mas o fato é que muita coisa mudou e eu não mudei. Me forcei a mudar para me encaixar, mas uma hora isso vem à tona, uma hora a essência grita. Uma hora a falta de tudo o que me é vital e  importante transborda. 
Estranho, né? A falta transborda. 
É exatamente como estou me sentindo, a falta está me transbordando. Não estou conseguindo dar conta de tanta falta. É aí que aparecem os excessos: no início, vieram as fugas nas saídas, conhecer gente nova, viver em baladas nada a ver comigo, beber para ficar divertida (para quem? Por algum tempo, me permiti ser a boba da corte de uma turma que nunca foi minha), depois veio a comida. Nunca fui compulsiva, mas hoje me vejo comendo sem nem pensar, comendo sem estar com fome, depois me sentindo mal, tanto fisicamente como emocionalmente, por não ter conseguido me controlar... Todo excesso esconde uma falta. Fato. 
E por mais que as aparências possam enganar, que meu sorriso seja contagiante, que eu pareça sempre tão bem disposta, alegre e animada, o fato é que a falta de tudo o que me é importante está me matando aos poucos por dentro. E é para me manter viva de verdade que venho lutando com todas as minhas forças. Para não ser só um personagem, para não ser só um espectro do que já fui, para continuar a ser a Andreia que eu tanto amo e tanto admiro. Eu não quero me perder de mim. Eu não quero me acostumar com a falta. Eu não quero ser um robô. Eu preciso de mim inteira. Eu preciso de mim como verdadeiramente sou. E é por isso que eu luto para dar a mim mesma o amor que eu não recebo de quem eu queria. Eu doei a minha vida a outro ser humano. Não me arrependo. Foi uma missão que eu abracei. Mesmo com toda a dor da indiferença que eu sinto hoje, confesso que se pudesse voltar no tempo, eu faria tudo de novo. Pode parecer loucura. Talvez até seja. Mas sinto que essa missão eu cumpri e cumpro. Ficaria feliz se eu recebesse um décimo do amor que eu doo diariamente, incessantemente, mesmo diante da indiferença. O que mais me dói mesmo é ter que me acostumar com a falta. 
Dói. Lateja. Mas eu vou sobreviver. Porque eu me amo. Porque eu preciso de mim inteira.

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Recomeços...

Sim, estou de volta...
Sempre acabo voltando por aqui, tenho alguns períodos de hiato, de falta de vontade de escrever, de desânimo, mas o fato é que aqui é o meu refúgio virtual. É onde eu posso escrever sempre que eu quiser, sobre o que eu quiser... Tenho muito para falar, minha mente é um turbilhão de ideias, mas ando com dificuldade de colocar isso em textos, então vou esperar a inspiração voltar e sei que ela volta. Ela sempre volta.. Ainda mais agora com layout novo, que ganhei de presente de aniversário antecipado! Dá a maior vontade de vir pra cá, de escrever textões sem ser julgada (facebook e instagram são redes sociais que uso muito, mas dificilmente as pessoas leem o que eu escrevo por lá, o interesse das pessoas está apenas em curtir fotos e nada mais)...
Então é isso... a porta está aberta novamente, já já as ideias começam a fervilhar e os textos vem...

Estou de volta! Estou em casa. ♥