domingo, 20 de fevereiro de 2011

...só estou tentando deixar as coisas um pouco mais bonitas...

Nesta semana decidi que iria resolver definitivamente minha insatisfação com uma tatuagem que fiz no pé há alguns anos. No ano de 2007, resolvi tatuar no pé a seguinte frase: Amor vincit omnia, cujo significado é "O amor vence tudo". Tudo a ver com a minha filosofia de vida, com o que realmente acredito. Afinal depois de tantas coisas que passei ao lado de Francisco desde que nos conhecemos, a cada dia que passa eu me convenço mais e mais de que o amor realmente vence tudo!

O fato é que a tatuagem ficou mal feita. Eu não conhecia bem o mundo da tatuagem e resolvi ir no mais antigo tatuador da cidade, que definitivamente não é nem de longe um dos bons daqui. Ele além de não ter marcado direito o local no pé, não me avisou que a letra não poderia ser a que eu escolhi, porque ficaria ilegível. Isso era dever dele, já que ele tem experiência para isso. Mas não fez. Resultado: ficou feia. Ilegível e torta. OK, bom pra eu aprender que o que é definitivo tem que ser muito bem escolhido, não basta ser razoável, tem que ser o melhor. Fui em Laura, minha tatuadora amada, que infelizmente não mora mais na mesma cidade que eu. Ela fez um retoque para amenizar o erro e eu fiquei mais satisfeita. Mas nunca fiquei realmente feliz com essa tatuagem.

Na segunda-feira fui a um estúdio muito bom daqui, saber o que poderia ser feito nela e o tatuador me sugeriu o laser para clarear a tattoo e só depois pensar no que fazer em cima. Aceitei a sugestão na hora e marquei para o dermatologista que faz remoção de tatuagem com laser aqui. A questão é que depois de muito pesquisar, percebi que fica uma marca horrível na pele e ainda tem que esperar muito tempo para fazer uma tattoo em cima, já que fica super sensível, então desisti.

Foi então que resolvi ligar para minha amiga Dani, que é super tatuada e conhece os melhores tatuadores da cidade! Ela me indicou um especialista em cover up. Fui ao estúdio dele e adorei! Ele me disse que o melhor seria cobrir a tattoo antiga com uma que realmente cobrisse tudo e por isso, não poderia ser uma tatuagem pequena. A sugestão dele foi cobrir a frase e subir o desenho pra perna! Susto! Nunca pensei em ter uma tatuagem grande. Mentira! Pensar eu pensei, mas achei que nunca teria coragem! E não é que gostei da ideia? Pensamos, vimos um monte de desenhos e resolvi que ia tatuar uma Sakura. Sakura é a flor de cerejeira e tem um significado lindo, perfeito, tudo a ver com o que eu penso e vivo: "A flor de cerejeira como desenho de tatuagem é uma lembrança poderosa de que a vida é passageira e nós temos que viver o presente e temos que apreciar todo momento nos despertando, pois isto pode ser nossos últimos momentos." Resolvido.

Ele tinha horário para a quarta-feira e assim que peguei Francisco fomos para o estúdio. Começamos a tatuagem. Ele foi desenhando na minha pele, uma Sakura exclusiva pra mim, na técnica chamada "freehand" (à mão livre). Passei a tarde lá, sentindo aquelas agulhadinhas tão dolorosas, mas ao mesmo tempo tão viciantes e deliciosas... O resultado foi fantástico: está ficando lindo!!! Ainda falta concluir, será no próximo sábado e eu não vejo a hora que chegue, estou ansiosa para ver a tattoo pronta e para sentir novamente as tão deliciosas agulhadas...

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

A magia do Circo!

Quem me conhece há algum tempo sabe da minha paixão pela arte circense. Sim, eu já tive vontade inclusive de fugir com o circo quando era bem pequena! Mas falo de arte circense mesmo e não de circo com animais. Os animais nunca chamaram minha atenção no circo e hoje eu entendo bem porque eles foram proibidos, não tem nada a ver. Eu gosto mesmo é de mágicos (principalmente eles, aliás!!!), malabaristas, contorcionistas, trapezistas, etc...
Falando nisso, fomos a um espetáculo do Circo Portugal, que faz propaganda dizendo estar pela primeira vez na cidade e tal. Realmente é a primeira vez que vejo este circo por aqui, mas de português ele não tem nada. Os atores são brasileiros, não tem nenhum sotaque português (e a gente sabe o quanto dá para perceber quando alguém é português, a diferença de sotaque é gritante). Na verdade, achei que o espetáculo não foi assim tão inovador, já que estou acostumada a ver circos desde pequena e achei que eles se prolongam muito nas cenas mais chatas e as mais legais são ultra rápidas.
A mágica que mais me impressionou foi a que a mulher serra a cabeça e o corpo dela fica num lado do palco e a cabeça no outro. O corpo e a cabeça se mexem, a cabeça em cima de uma mesa e nada (nem um paninho) embaixo da cabeça. Tá, ficamos impressionados realmente. Eu, meu marido e meu filho. Essa magia me encanta, me fascina, mas não tenho mais vontade de fugir com o circo, não se preocupem. Risos.
Confesso que não fiquei confortável com o globo da morte, sempre assisti essa parte do show sem que isso me afetasse muito, afinal o que pode dar errado? Motoqueiros treinados ali dentro do globo e a certeza de que nada vai acontecer além deles rodarem em círculos, tirando fino deles mesmos dentro de um globo minúsculo. Dessa vez eram seis motos. Seis motos dentro de um globo. Quando eu era pequena, uma moto já assustava. Hoje vemos seis motos e nos perguntamos: quando isso vai parar? Vão colocar quantas motos dentro desse globo para ultrapassar um record?
Isso antes não me incomodava, mas perdemos um sobrinho no ano passado. Em um acidente de moto. E ele não estava arriscando a vida dentro de um globo. Ele estava indo trabalhar, às sete horas da manhã. Buscando um destino melhor, batalhando para ser alguém, estudando e trabalhando. Uma vida que se foi e não tem explicação. Palavras não explicam, dizer que Deus quis assim não melhora nada e eu não acredito que Deus queira isso. Deus não queria que a família passasse pelo que estamos passando. Essa dor, essa ausência que é cada dia mais presente, isso não faz parte dos planos de Deus. Pelo menos não do Deus que eu acredito. Eu não acredito no Deus que castiga. Com tantos rapazes andando de moto todos os dias... Porque André? Confesso que chorei nessa parte do show. Chorei, chorei e chorei. E vou terminar esse post aqui, senão começo a chorar de novo.
É isso.