sábado, 27 de janeiro de 2018

Sou...


Sou amor. Sou amizade.

Sou Pedro Almodóvar. Sou Johnny Depp. Sou Stephen King. Sou Robert de Niro. Sou Jack Nicholson. Sou Friends. Sou Lost. Sou Grey’s Anatomy. Sou How I met your mother. Sou Amélie Poulain. Sou Vinícius de Moraes. Sou Clarice Lispector.

Sou verão. Sou mar. Sou areia. Sou parque. Sou circo. Sou cinema. Sou teatro.
Sou sushi, camarão, caranguejo, acarajé  e chocolate, os cinco alimentos que eu levaria para uma ilha deserta, mas não sou ilha deserta: sou metrópole.

Sou livros. Muitos livros. Revistas. Gibis. Sou Internet. Já fui muito, muito tv, hoje sou só Netflix. Sou filme de suspense. Sou, principalmente, um filme de Almodóvar. Sou cinema. Sou desenho animado.

Sou morena. Já fui loira. Sou cabelo curto. Já fui cabeluda e já tive o cabelo raspado. Sou mutante. Sou jeans. Sou vestidos. Sou salto alto. Sou rasteirinha. Sou óculos escuros. Sou viagens de carro. Sou viagens de avião. Enfim, sou viagens. O que é uma ironia, já que há anos não viajo. Fisicamente falando, porque viajo mentalmente o tempo todo. 

Sou banho morno e demorado. Sou perfumes. Sou mais coração que razão, mas estou tentando equilibrar.

Sou mais cama que mesa, mais dia que noite, mais fruta que flor, mais salgado que doce, mais música que silêncio, mais pizza que banquete, mais suco que caipirinha. Sou abraço apertado. Sou menina e sou mulher. Sou mãe, sou filha, sou irmã, sou amiga. Sou Deia.

{texto antigo, reformulado, porque como já disse: sou mutante.}


quinta-feira, 19 de outubro de 2017

4.3



Estava aqui pensando... Há dois anos, fiz um churrasco aqui na cobertura do prédio. Comemoração dos meus 41 anos. Muita gente! Muita gente mesmo! Muitos conhecidos que pensei ser amigos. Todos bem animados, comida, bebida, o dia inteiro de farra e animação. Ainda lembro da reflexão do meu amigo Jean... "Será que esse povo todo é seu amigo? Tem gente aqui que eu nunca tinha visto antes..." Pois é. A maioria continuou a ser apenas conhecido. Alguns que pensei ser amigos, mostraram que não eram. Os conhecidos são conhecidos até hoje e tudo bem! Os poucos e bons amigos ficaram. Como sempre é na peneira da vida.

O que reflito hoje é que meu dia hoje foi bem menos agitado, foi bem tranquilo,mas comemorei meu aniversário de uma maneira muito mais madura e muito mais prazerosa. Passei em casa, com minha família. Tranquilamente. Um almoço delicioso. E à noite, pizza e jogos com meu filho e a namorada dele. Tudo na vida são fases mesmo. Mas estou amando a evolução da minha vida. Amando estar apenas com quem realmente me ama, com quem realmente quer estar comigo. 
No churrasco dos 41 anos, minha família estava. Mas certamente dei muito menos atenção a eles no dia agitado de festa do que hoje, no nosso dia especialmente familiar. 
E a verdade é que eu sou muito mais família que aglomeração. Sou muito mais poucos e bons amigos que "turma". 4.3. Mais madura. Mais eu. Mais inteira. Mais feliz.

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Todo excesso esconde uma falta...

Sim, isso é um fato. Estou cada dia mais lúcida e consciente. Eu sempre fui intensa, quem me conhece sabe, sou assim desde que me entendo por gente. Sempre tive sentimentos exacerbados, sempre me doei profundamente para as amizades, sempre amei com toda minha alma e meu coração. A verdade é que sempre amei ser assim. Dizem que amar é admirar, e eu admiro mesmo a minha pessoa, exatamente por conseguir viver intensamente cada dia da minha vida. Conheço poucas pessoas como eu, as pessoas em sua maioria são bem mais comedidas. O fato é que, por mais que a gente saiba que o amor deve ser dado sem querer nada em troca, uma hora o bicho pega. Nem espero, nunca esperei por alguém que possa me amar com a mesma intensidade que amo, mas de verdade ando cansada de ser invisível. Ando cansada de não ser vista. Ando cansada de só ser vista quando algo sai errado, quando erro em alguma tarefa, cansei de ser um robô. Já faz um tempo que ando privada de sentimentos, por questões de sobrevivência mesmo. Porque ou eu sublimava tudo o que sentia ou simplesmente enlouquecia, já que praticamente fui obrigada a esquecer a minha essência, esquecer quem eu sou, para conseguir viver a minha vida atual. Vida que escolhi. Não sou vítima. Nunca vou assumir esse papel. Mas o fato é que muita coisa mudou e eu não mudei. Me forcei a mudar para me encaixar, mas uma hora isso vem à tona, uma hora a essência grita. Uma hora a falta de tudo o que me é vital e  importante transborda. 
Estranho, né? A falta transborda. 
É exatamente como estou me sentindo, a falta está me transbordando. Não estou conseguindo dar conta de tanta falta. É aí que aparecem os excessos: no início, vieram as fugas nas saídas, conhecer gente nova, viver em baladas nada a ver comigo, beber para ficar divertida (para quem? Por algum tempo, me permiti ser a boba da corte de uma turma que nunca foi minha), depois veio a comida. Nunca fui compulsiva, mas hoje me vejo comendo sem nem pensar, comendo sem estar com fome, depois me sentindo mal, tanto fisicamente como emocionalmente, por não ter conseguido me controlar... Todo excesso esconde uma falta. Fato. 
E por mais que as aparências possam enganar, que meu sorriso seja contagiante, que eu pareça sempre tão bem disposta, alegre e animada, o fato é que a falta de tudo o que me é importante está me matando aos poucos por dentro. E é para me manter viva de verdade que venho lutando com todas as minhas forças. Para não ser só um personagem, para não ser só um espectro do que já fui, para continuar a ser a Andreia que eu tanto amo e tanto admiro. Eu não quero me perder de mim. Eu não quero me acostumar com a falta. Eu não quero ser um robô. Eu preciso de mim inteira. Eu preciso de mim como verdadeiramente sou. E é por isso que eu luto para dar a mim mesma o amor que eu não recebo de quem eu queria. Eu doei a minha vida a outro ser humano. Não me arrependo. Foi uma missão que eu abracei. Mesmo com toda a dor da indiferença que eu sinto hoje, confesso que se pudesse voltar no tempo, eu faria tudo de novo. Pode parecer loucura. Talvez até seja. Mas sinto que essa missão eu cumpri e cumpro. Ficaria feliz se eu recebesse um décimo do amor que eu doo diariamente, incessantemente, mesmo diante da indiferença. O que mais me dói mesmo é ter que me acostumar com a falta. 
Dói. Lateja. Mas eu vou sobreviver. Porque eu me amo. Porque eu preciso de mim inteira.

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Recomeços...

Sim, estou de volta...
Sempre acabo voltando por aqui, tenho alguns períodos de hiato, de falta de vontade de escrever, de desânimo, mas o fato é que aqui é o meu refúgio virtual. É onde eu posso escrever sempre que eu quiser, sobre o que eu quiser... Tenho muito para falar, minha mente é um turbilhão de ideias, mas ando com dificuldade de colocar isso em textos, então vou esperar a inspiração voltar e sei que ela volta. Ela sempre volta.. Ainda mais agora com layout novo, que ganhei de presente de aniversário antecipado! Dá a maior vontade de vir pra cá, de escrever textões sem ser julgada (facebook e instagram são redes sociais que uso muito, mas dificilmente as pessoas leem o que eu escrevo por lá, o interesse das pessoas está apenas em curtir fotos e nada mais)...
Então é isso... a porta está aberta novamente, já já as ideias começam a fervilhar e os textos vem...

Estou de volta! Estou em casa. ♥

terça-feira, 2 de maio de 2017

Eu nunca vou entender porque coisas ruins acontecem com pessoas boas. Nunca.
E para mim, apesar do mundo em si ser muito ruim, existem sim pessoas boas. Muito boas. Ela é uma dessas pessoas. Dessas que a gente gosta de graça! Dessas que faz nosso dia ficar mais feliz. 
Eu fui recebida por D. Sílvia como sou recebida na casa das minhas tias preferidas. Fui recebida com todo carinho do mundo, ela me deixou à vontade em sua casa, como poucas vezes já consegui ficar na casa de alguém. Foi apenas um fim de semana, nunca mais a vi pessoalmente, mas esse fim de semana ficou marcado para sempre, porque tivemos conversas super longas sobre tudo, me senti em casa na casa dela. Foi maravilhoso!
É a mãe da minha melhor amiga, é a sogra do meu irmão, é minha família. Agora não é mais: ser recebida como se fosse da família. Agora ela é minha família. É alguém que eu amo. A última coisa que ela falou com Bell sobre mim foi que me viu andando pela casa com meias listradas (que lindo, iguais as da Lou, de "Como eu era antes de você"!), e ainda disse que era bem minha cara, que sempre gostei dessas loucuras. Não, eu não tenho as meias listradas. Mas teria facilmente. Porque eu gosto mesmo dessas loucuras. E porque eu fiquei louquinha pelas meias da Lou, quando eu vi no filme, exatamente como imaginei quando li o livro. Ela capta minha alma, ela conseguiu me conhecer intimamente, mesmo tendo tão pouco tempo de convivência... Acredito em ligação de almas, e sei que nossas almas são ligadas.
Acredito em Deus, sei que Ele sabe de todas as coisas, mas ainda assim não me conformo que uma pessoa com a alma tão linda, de coração tão puro, de sorriso de criança, possa estar passando por essa situação tão complicada... Ok, Deus... Me perdoe por não estar conformada. Me perdoe por questionar seus desígnios. Mas sabe... eu daria tudo para passar outro fim de semana na casa de D. Sílvia. Pra rir junto com ela, pra ela se emocionar com minha história com Francisco, pra ela fazer aquela comida caseira tão gostosa, que me fez sentir como se estivesse na casa da minha própria mãe.
Obrigada Deus, por ter me proporcionado ser amiga de Bell e conhecer essa família linda que eu aprendi a amar e ter como minha... Se eu pudesse fazer um pedido agora, seria realmente para que devolvesse a D. Sílvia pra gente do jeitinho que ela é. Mas foi da Sua vontade cessar o sofrimento dela, já que esse tipo de câncer não tem cura.
Tudo o que eu queria era abraçar a minha cunhada e simplesmente não falar nada... Apenas para que ela saiba que eu sempre estarei ali pra ela. Sempre. Imutável e incondicional.

quarta-feira, 26 de abril de 2017


Eis quem eu sou: um poço de imperfeições. 
Mas posso te garantir uma coisa: sou de verdade.
Fale o que quiser falar de mim. É um direito que lhe cabe. Mas não sou falsa. Não finjo ser o que não sou. Não uso máscaras. Não sou dissimulada. Nunca disse que eu era certinha. Nunca fingi ser recatada. 
Então na minha imperfeição, costumo aceitar as imperfeições alheias. Não espero nada de ninguém. Já esperei muito. Hoje sei que cada um dá o que pode. O que consegue. O que quer. Cabe a nós aceitar ou não. E quando temos que nos diminuir pra caber no mundo alheio, temos que nos respeitar e cair fora. 
Sim, me afastei de muita gente. Sim, muita gente fala sobre isso. Desconfia que eu não sou tão confiável por isso. Não tenho que provar nada pra ninguém e nem vou tentar isso. Mas só digo uma coisa: se me afastei das pessoas que vocês costumavam me ver andando junto é pq eu não cabia mais no mundo delas. Mas não ando por aí difamando ninguém. Maldizendo ninguém. Pessoas vão e vêm. Algumas ficam para sempre. Outras não. Mas nem por isso vou falar mal delas. O importante mesmo é não nos perdermos de nós mesmos no meio do caminho. Se para ter alguém por perto, eu preciso deixar de ser eu mesma, sinto muito. Eu sigo em frente mesmo e nem olho pra trás.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

"Sempre há uma saída. Quando as coisas parecem não ter solução, sempre há um jeito. De fazer o impossível. De sobreviver ao impensável. Há sempre um jeito. E você... Você e eu temos isso em comum. Diante do impossível, sentimos inspiração. Então se posso dar um conselho é que, hoje, se sentir medo, em vez disso, fique inspirado." [Fala extraída do episódio 7, temporada 6, Grey's Anatomy]

Tem exatamente tudo a ver com a gente. Nos piores momentos, nos mais difíceis, nos cruciais, nos inspiramos. Nos fortalecemos. Enfrentamos. Somos iguais nisso.
Amo você, eternamente. ❤


sexta-feira, 7 de abril de 2017

Bodas de turquesa...

Eis que hoje recebo uma mensagem da minha mãe, dizendo que eu e Francisco comemoraremos bodas de turquesa amanhã. Sim... Amanhã fazem 18 anos do nosso casamento civil e realmente 18 anos de casados são bodas de turquesa.
É tão difícil pensar em comemorar aniversário de casamento, depois de tudo o que passamos, depois que nos transformamos muito mais em dois irmãos do que em cônjuges... Tenho por ele um amor muito maior do que quando nos casamos, um amor incondicional, de mesmo tamanho e proporção do amor que sinto por nosso filho e todos sabem que o amor maternal é o mais sublime de todos. Mas é exatamente esse amor que eu sinto por Francisco. É o amor que nada abala, nada muda. Mas não é o amor marital. Não me sinto mais como quando casamos, não comemorarei bodas de turquesa. Ele é o meu amor, mas não vou ser hipócrita de dizer que ainda somos como quando casamos. Muita coisa mudou, nosso amor sublimou, se transformou, transcendeu.
E hoje eu me peguei pensando nisso. No quanto eu também me transformei. Eu sempre fui a independente, a que queria viajar o mundo todo, a que dizia que nunca ia se casar... Eu abri mão de tudo, para cuidar do meu amor. Se eu me arrependo? Não. Se eu me questiono? Sempre.
Tenho muito o que comemorar sim, cada vitória ao lado dele, cada conquista, cada vez em que os médicos o desenganaram e a minha força e a minha fé negaram a medicina no momento. Quantas vezes questionei médicos, fui atrás de soluções e consegui fazer com que achassem uma luz no fim do túnel. Porque nunca aceitei perder sem lutar. Sempre fui guerreira, isso é um fato. E mesmo depois de tanto tempo, tantos contratempos, tantas cirurgias, tantas internações, eu ainda sou capaz de lutar com a mesma garra, a mesma obstinação. Porque é isso que uma mãe faz por um filho, é esse o tamanho do meu amor por Francisco.
Comemoro sim, 18 anos de convivência, de entrega, de amor. Mas não de casamento. Não vou ser hipócrita.
E hoje me orgulho da mulher que eu sou, que eu me transformei. Muitas vezes vi minhas colegas de turma, muitas delas formadas, com seus diplomas, com suas carreiras e pensei que fosse menor que elas, por não ter optado em primeiro lugar por minha vida profissional. Mas eu recebi uma missão. Difícil. Pesada. Quase impossível. E sinto muito orgulho de mim por estar cumprindo essa missão. Bravamente. Contrariando todos os prognósticos de que eu não conseguiria. Posso ter aberto mão de uma carreira, mas não abri mão de mim.
E tenho muito o que comemorar. Sou melhor agora. Depois desses 18 anos de convivência, de aprendizado, de amor. 

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

O meu amor é pra sempre! ❤

Ele é o meu amor. ❤
Independente dos altos e baixos. Independente dos momentos de stress... Independente de qualquer situação.
Porque ele me enxerga realmente como eu sou e me aceita com todos os meus aspectos, até os piores. E ele conhece todos. TODOS. Entre nós é tudo de verdade. Não existe hipocrisia. Não existe falsidade. Ele me conhece pelo avesso. São 18 anos de convivência intensa. De entrega. De momentos de desespero. E sempre depois de uma crise (e já tivemos inúmeras), voltamos mais fortes. Amando ainda mais, porque não temos máscaras. E porque eu tenho a segurança de que não importa o que aconteça, não importa o tamanho da tempestade, o nosso barco não afunda.
Porque é pra sempre, é verdadeiro. É puro! ❤❤❤
Como na música do Paralamas: " às vezes te odeio por quase um segundo, depois te amo mais..."
Ainda bem que a gente tem a gente.
Aqui é realmente pra sempre. 😍

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

A sina de não concluir...

Com o tempo, a gente passa a se conhecer cada vez melhor e a se respeitar cada vez mais, a aceitar até as coisas que antes  incomodavam tanto...
Eu sempre tive o costume de começar coisas e não terminar, de desistir quando tudo parecia começar a ficar chato, não insistir em ir até o final. Isso vale para várias coisas, seja um livro, filme, trabalho, estudos, até séries de TV também. Ok, antes eu achava isso terrível. Porque eu não podia ser como a maioria das pessoas e insistir um pouco para ver se as coisas melhoram ou mudam? Até com a faculdade foi assim também, muitas vezes tentei justificar o fato de não ter concluído o curso, por causa do meu casamento. Hellooooo! A quem eu tento enganar com isso? Quando eu conheci Francisco, já era pra eu estar formada há muito tempo. Mas simplesmente fui trancando as disciplinas que não gostava, fui fazendo até as que não eram obrigatórias que eu amava e simplesmente quando conheci Francisco, apenas facilitou a minha decisão de não me formar num curso que em nada tinha a ver comigo. Por que eu estou falando sobre isso agora? Porque faz tempo que não consigo ler um livro completo... Porque eu estava revendo uma série que já vi e eu amava e agora por um motivo, que muitos vão considerar extremamente bobo, eu cansei de ver no fim da segunda temporada. Simplesmente porque deram um espaço imenso para um personagem idiota e que me irrita a cada vez que aparece. E porque eu lembrei que ele realmente tem um espaço imenso e demora para ir embora da série... Então me pergunto: "por que ver algo que está me irritando?". A minha vida já tem uma dose de irritação diária suficiente, da qual eu não posso fugir. Séries e filmes servem para me distrair e não para me irritar, e se elas não estão cumprindo esse papel no momento, abandono sem problemas. Não é a primeira vez. Aconteceu com Revenge (e eu perdi até mais do que agora, porque era uma série inédita pra mim e eu simplesmente me desinteressei a ponto de nem ir atrás de como a série terminou), aconteceu com Blacklist, que eu era simplesmente apaixonada pelo Reddington e perdi a vontade de ver, por causa de uma morte falsa idiota, que apareceu pra justificar um problema com a atriz... Enfim... talvez eu me envolva demais, talvez eu devesse ser uma mera expectadora e não estar nem aí pra os personagens chatos ou pra coisas que acontecem e que me irritam. Mas aí eu não seria eu. 
Posso ser uma tremenda chata, mas essa sou eu. Não sei ser diferente, não sei ver sem me envolver. E eu amei tantas outras séries, que percebo que o problema não são séries longas ou isso ou aquilo. A questão é que eu vejo coisas para me distrair e se o efeito não é esse, não vejo sentido em insistir. 
Estou desistindo temporária ou definitivamente de uma das minhas séries favoritas, Gilmore Girls. Simplesmente porque ela não está cumprindo o seu papel pra mim. De chatice já basta a que eu tenho que aturar na vida real. 
Hoje em dia, como falei no início, aprendi a me respeitar, a aceitar quem eu sou, não que eu não possa mudar, até porque só o que está morto não muda. Mas definitivamente tudo o que eu quero é tentar me distrair um pouco do peso do dia a dia. Tudo bem se não consigo mais me concentrar pra ler, que era algo que eu amava. Tudo bem abandonar tudo o que não me faz bem. Tudo bem querer estar cada dia mais só. Tudo bem não querer mais sair tanto de casa. Tudo bem não concluir a faculdade. Tudo bem simplesmente ser eu mesma, ainda que isso me transforme em um ser cada vez mais solitário.