terça-feira, 24 de maio de 2011

Direto do túnel do tempo...

Incrível como algumas coisas nos remetem a uma viagem no tempo mesmo... É mágico, surpreendente e esclarecedor. Muito da minha personalidade atual foi construída por momentos vividos, por decepções, frustrações, angústias... Sentimentos reais. Continuando a falar sobre meu reencontro com colegas do ISBA, tenho que falar sobre a minha primeira paixão. Todos passaram por isso, poucos falam sobre isso. Eu não tenho problemas em falar. Se um dia eu fui tímida, essa tímida ficou enterrada lá no passado, porque hoje eu me tornei uma pessoa destemida e impetuosa, que corro atrás dos meus sonhos e acredito piamente na minha capacidade de ser feliz e ir em busca disso, não ficar esperando que caia do céu. E fazendo uma viagem no túnel do tempo, encontrei meu primeiro amor platônico (talvez o único, porque depois dele tratei de realizar os amores que surgiram e os que não consegui realizar, tratei de esquecer). É tão engraçado lembrar disso, justamente em um momento em que estou buscando me conhecer melhor, fazendo auto terapia, lendo um livro de uma psicóloga Junguiana que estuda a mente feminina. Além de atriz frustrada, também sou uma psicóloga frustrada. Mas bem resolvida. Um dia resgato isso, por enquanto sou uma pseudo psicóloga, que busca respostas em escritos e livros.

Sabe que consegui me entender bastante, agora que relembrei desse amor platônico? Dá para entender porque eu me tornei tão determinada, tão voraz, tão guerreira. Muitas pessoas que me conhecem hoje dizem admirar o meu jeito de ser, sempre determinado, sempre lutando pelo que eu acredito. Mal podem imaginar que eu já fui uma menina boba e tímida, que tremia, ficava vermelha e o coração disparava ao ver um garoto que mal sabia que ela existia.

Todos na escola que me conheciam sabiam da minha paixão platônica por ele, era incrível, bastava alguém dizer que ele estava na escola (ele estudava de manhã e de vez em quando ia à tarde, principalmente quando a banda dele ia tocar no intervalo) que meu coração disparava. Risos. Ele nunca me “deu bola”, eu me sentia invisível perto dele. Até que um dia criei coragem e pedi para ele escrever no meu caderno de recordações, o fora foi redondo! (agora já são gargalhadas). Eis o fora:

Mas, na verdade, hoje estou escrevendo isso aqui como forma de agradecimento. Agradeço a ele, Gustavo Adolfo, por não ter me dado bola, por não ter me notado, porque muito do que eu me tornei foi graças a essa frustração na adolescência. Relembrando o filme “Efeito Borboleta”, se eu voltasse no tempo e pudesse ter mudado isso, acho que toda a minha vida teria mudado e não sei se seria pra melhor. Então agradeço por ter feito parte da minha vida, exatamente desse jeito.

E o mais gostoso disso tudo é ver que hoje podemos construir uma amizade (sim, desde que nos “encontramos” no facebook que estamos conversando e tem sido muito bom!), que na verdade nunca tinha existido antes, já que nem isso eu consegui na época. É bom ter essa oportunidade, de nos conhecermos como pessoas, de conversarmos depois de 20 anos. Muito legal! Valeu, Gustavo! Você fez parte da minha história e parte do que eu sou hoje (principalmente no aspecto emocional), devo a sua indiferença e ao que não vivemos juntos. Risos!

4 comentários:

  1. ...sinceramente, tenho orgulho de ter feito parte de alguma forma da vida de uma mulher preciosíssima!!!...uma grande mulher!!...aliás, um parâmetro pra qualquer um!...hj consigo lembrar do seu olhar que sempre irradiou uma força impressionante, sempre positiva! Andréia é uma IMEEEEENSA mulher!!...desejo a ela toda felicidade do mundo!!

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  2. kkkk é bem isso mesmo, tudo oq ocorre em nossa vida, as coisas boas e até as não tão boas são (verdadeiramente) ferramentas de crescimento, amadurecimento. Aprendemos, mudamos e somos quem somos por conta de tudo oq vivemos. Amo vc.

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