segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Estou longe de ser perfeita, perto de ser real.

Num mundo de frivolidades e futilidades, percebo cada vez mais que estou longe de ser perfeita, como a maioria das pessoas demonstra nas redes sociais. Diferentemente da maioria, eu faço questão de me mostrar real. Não me encho de maquiagem e filtros, para esconder as olheiras, que estão cada vez maiores, devido ao momento que estou vivendo (dormindo pouco, me preocupando muito, longe de uma alimentação saudável e atividades físicas). Não acho errado quem quer mostrar só o lado bom, aliás é compreensível. Para que se expor, não é? Ninguém quer mostrar o lado verdadeiro e frágil, existe a necessidade de mostrar o lado perfeito e que nunca sofre, nunca tem momentos ruins, a tal "vida de facebook". É bem normal mesmo. E talvez por isso eu não me encaixe. Nunca me encaixei no que é normal. Sempre me senti meio ET nesse mundo, do qual não faço questão de fazer parte. 
Aos 14 anos tive minha primeira crise existencial, por não me encaixar na turma de colegas do colégio em que eu estudava em Salvador. Ainda me lembro de uma conversa que tive com o professor de religião, com o dobro da minha idade... Ele me deu um texto de Arthur da Távola, cujo título é "Os Diferentes". Tenho esse texto até hoje, fala muito sobre mim. Não vou transcrever aqui, mas se quiserem procurar no Google, garanto que vale a pena. E ele me disse algo que ficou pro resto da vida: "seja sempre diferente da multidão, a multidão não sabe o que diz e nem pra onde vai". Já se passaram 28 anos dessa conversa e hoje eu percebo, que dói ser diferente, mas ainda que doa, eu prefiro ser assim.
Sempre fui de mostrar minha verdadeira face, de não fazer jogos, de não fingir ser algo que não sou. Se estou feliz, isso fica bem óbvio. Se algo me incomoda, também. Agora a única coisa que mudou é que não me importo mais com o que pensam a respeito disso. Quem quer criticar  o meu jeito, fique à vontade. Não estou aqui pra agradar ninguém. Na verdade, na vida a gente tem que aprender que quanto mais nos aproximamos de quem realmente somos, menos pessoas teremos por perto. As pessoas gostam de personagens. Seres humanos reais não são muito atraentes, na verdade.
Tudo em mim é muito transparente e não vou me encaixar em nenhum personagem, para ser mais aceita. Quem gostar de mim tem que saber que posso ter muitos defeitos, mas com certeza minha maior qualidade é essa: sou profundamente intensa e verdadeira. Tudo em mim grita e dói de uma maneira que muitas vezes incomoda, mas acredite quem quiser: eu amo ser exatamente assim. Não quero fazer parte dessa maioria de pessoas que vive um personagem para pertencer a uma sociedade, que definitivamente não me agrada. 

2 comentários:

  1. É isso, precisamos aprender a ficar confortáveis dentro da gente! Lógico que sempre buscando crescer, mudar o que precisa ser mudado, mas tb aceitando que somos o que somos! bjs bjs Ah sim, e o planeta photoshop me irrita tb, o mundo virtual e suas falsidades sem fim AFF.

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    1. Nem me fale que essa vida falsa desse povo me irrita, mas procuro me afastar e abstrair... ;)

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