domingo, 25 de março de 2012

As pessoas não estão no mundo para atender as nossas expectativas.

Tive um momento de extrema inspiração nas semanas passadas, onde vivi momentos de uma real escritora, que tem necessidade de se expressar e colocar pra fora sentimentos, experiências e vivências. Parecia mais forte do que eu (e acho que realmente era) e eu tinha que parar tudo o que estava fazendo para escrever e escrever. 
De repente, a calmaria voltou e mesmo que eu tentasse escrever algo, não me parecia satisfatório ou interessante e se é para escrever por escrever, prefiro ficar no silêncio, porque se a gente quebra o silêncio tem que ser para acrescentar algo de bom.
De uns tempos pra cá, ando muito reflexiva, introspectiva e numa busca de mim mesma. Na busca de alguém que se perdeu no meio de tantos caminhos incertos, de estradas tortuosas que me afastaram de quem eu fui e me aproximaram de quem eu não quero ser. Sim, eu sempre bati no peito e disse que "não mudo minha postura só pra te agradar" (bem Ana Carolina... risos!). Mas quantas e quantas vezes me vi realmente caminhando por estradas que não escolhi, simplesmente porque ser eu mesma chocaria quem me cerca. Principalmente os meus pais, que sempre esperaram mais de mim do que eu pude oferecer a eles. Eles sempre esperaram que eu fosse uma pessoa, quando na verdade sou outra completamente diferente. E eles, definitivamente, não me conhecem. E não querem me conhecer, preferem acreditar que eu sou quem eles pensam que eu sou e cada vez mais isso doi. E cada vez mais sei lidar menos com isso. Porque não sei até quando conseguirei vestir essa personagem para agradá-los. Quanto mais amadureço, mais percebo que isso está ficando difícil.
A frase do texto define isso. Eu não estou aqui para atender as expectativas de ninguém. Nem mesmo dos meus pais.  E ninguém está no mundo para atender as minhas expectativas. Até porque sou alguém que espera demais dos outros e sempre vou acabar me frustrando por isso. Preferi aprender a não esperar nada. O que eu aprendi com a minha relação com meus pais é realmente como eu vou respeitar o meu filho, seja lá qual for o caminho que ele desejar seguir (desde que seja saudável), eu estarei do lado dele. Eu quero conhecer meu filho e não quero que ele use máscaras e interprete personagens para me agradar.
Amo saber que tenho ao meu lado pessoas verdadeiras. Bons amigos, que mesmo me conhecendo (ou me estranhando), me amam exatamente como eu sou.
Esse texto talvez fosse um daqueles que não deveria ser divulgado. Eu sou extremamente transparente e isso não é bom no mundo atual. Mas querem mesmo saber? Eu não me importo. Sou daquelas que dá a cara a tapa. Que se expõe. E que não tem medo. 

Bom domingo.

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